As ações da Minerva [BEEF3] subiram quase 2% nesta segunda-feira (13), repercutindo a notícia de que os EUA ficaram mais perto de exportar carne bovina para o Paraguai. Apesar do repique na sessão de hoje, o analista técnico Filipe Borges adverte que os papéis continuam não interessantes para compras no longo prazo.
Depois de romper uma cunha no gráfico semanal, BEEF3 engatou um pivô de baixa que se confirmou com a perda do suporte em R$ 7,85 – o papel terminou hoje cotado a R$ 6,90. Agora, a ação caminha para testar o último suporte, cravado na metade de 2021.

O alvo do pivô de baixa atual é entre R$ 5,30 até R$ 4,20. “No meio do caminho, a gente pode ter um outro ponto de suporte”, de R$ 4,45, atingido no auge da crise da Covid-19.
Apesar das sinalizações negativas para BEEF3 na análise gráfica, fundamentalistas estão majoritariamente otimistas quanto à performance operacional da Minerva, segundo as recomendações de casas de análise computadas pela Bloomberg.

Cada vez mais EUA
A Minerva informou hoje que o Servicio Nacional de Calidad y Salud Animal, do Paraguai, notificou a aprovação do protocolo sanitário para abertura do mercado dos Estados Unidos para exportação de carne bovina paraguaia.
Restam apenas trâmites burocráticos para efetiva habilitação das unidades produtivas paraguaias e autorização final para início das exportações, disse a companhia em fato relevante, citando informação recebida do governo do Paraguai.
Líder em exportação de carne bovina na América do Sul, a empresa tem cinco plantas produtivas no Paraguai. Uma vez habilitadas, elas somariam-se a ativos no Brasil, Argentina e Uruguai, ampliando a exposição ao mercado americano.
Hoje, a Minerva totaliza 13 unidades produtivas com exportação para os EUA, sendo sete no Brasil, quatro no Uruguai e duas na Argentina. “Cabe destacar que o país passa por uma importante restrição de sua produção de carne bovina, abrindo perspectivas positivas para exportadores”, declarou a empresa.