Fabricantes de vacinas contra a Covid miram em países pobres para ensaios clínicos

Fabricantes de vacinas contra a Covid miram em países pobres para ensaios clínicos

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A farmacêutica japonesa Shionogi & Co. fechou um acordo para conduzir um ensaio controlado por placebo de sua vacina contra a Covid-19 no Vietnã. A empresa planeja expandir os testes nas Filipinas e em outros países do Sudeste Asiático, mesmo sob crescentes críticas da comunidade científica.

A empresa com sede em Osaka começou a testar a eficácia do imunizante no Vietnã, em 25 de dezembro, disse um porta-voz da Shionogi nesta segunda-feira (27). Os participantes do estudo, que tem como objetivo recrutar 50 mil voluntários, não precisam estar vacinados, disse o porta-voz. Dois terços deles receberão a vacina, e para o restante será administrado um placebo. A empresa também planeja analisar se a vacina é eficaz contra a cepa ômicon, acrescentou o porta-voz.

Fabricantes com vacinas em fase de testes apenas agora enfrentam uma batalha difícil, pois em países desenvolvidos as taxas de vacinação são altas e muitos já aplicam doses de reforço. Com isso, empresas como a Shionogi e farmacêuticas chinesas como Walvax Biotechnology e Xiamen Innovax Biotech buscam países em desenvolvimento onde os níveis vacinação permanecem baixos, e o coronavírus ainda está ativo.

Em muitos aspectos, o Vietnã é um alvo ideal em meio a batalha contínua do país contra a Covid-19, mesmo quando outras regiões do sudeste da Ásia emergem da pandemia. O Vietnã vacinou cerca de 64% de sua população, de acordo com o rastreador de vacinas da Bloomberg.

Embora a Shionogi tenha concordado em transferir tecnologia da produção de vacinas ao Vietnã para que o país possa fabricar doses para os cidadãos localmente, alguns cientistas argumentam que a realização de testes controlados por placebo em locais onde os imunizantes não estão suficientemente disponíveis é antiético. As ações da Shionogi acumulam alta de 45% este ano.

“A escassez de vacinas na maioria dos países é criada por nações ricas que acumularam imunizantes”, escreveram Aasim Ahmad e Murtaza F. Dhrolia, nefrologistas do Kidney Center no Paquistão, em estudo no início deste ano. “Existem métodos científicos válidos, como testes de não inferioridade, que podem fornecer resultados confiáveis, e a aplicação de um padrão de cuidado imposto por nações ricas é antiético e possivelmente exploratório.”

A Organização Mundial da Saúde, no entanto, disse que, em geral, os ensaios são justificados, desde que o perfil de risco-benefício seja aceitável.

A chinesa Walvax testa sua candidata a vacina de RNA mensageiro em ensaios controlados por placebo no México e na Indonésia, onde as taxas de vacinação para a primeira dose estão abaixo de 60% e 64%, respectivamente, de acordo com o rastreador da Bloomberg.

A Shionogi planeja submeter sua vacina para revisão regulatória no Japão até o fim de março de 2022, disse em comunicado nesta segunda. Embora o lançamento no mercado interno seja prioridade, a farmacêutica também cogita buscar outros mercados.

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