Entre os destaques corporativos desta sexta-feira (1), a Braskem [BRKM5] indenizou familiares de Renan Calheiros pelo afundamento do solo em Maceió, o Mubadala Capital disse estar preparando uma bolsa de valores para competir com a B3 [B3SA3], e a S&P afirmou o rating da Allos [ALOS3] e da Irani [RANI3].
Além disso, Copel [CPLE6] e Grendene [GRND3] publicaram os números do quarto trimestre de 2023, e a Equatorial [EQTL3] fechou acordo com o Governo Federal para distribuição de energia no estado do Pará (PA).
Braskem [BRKM5]
A Braskem indenizou Renan Filho (MDB-AL), senador e ministro dos Transportes, em R$ 4,2 milhões. O político possui um imóvel na área afetada pelo afundamento do solo em Maceió, informou o blog do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.
Rosangela Calheiros, irmã do senador Renan Calheiros (MDB-AL), também fechou um acordo com a petroquímica, em torno de R$ 1 milhão.
Os termos exigem que ela desocupe o apartamento em que morava no bairro do Farol, um dos afetados pelo solo que afundou como resultado da extração de sal-gema pela petroquímica.
Lavvi [LAVV3]
A Lavvi informou a liquidação financeira realizada na última quarta-feira (28) e o conseguinte encerramento da oferta pública de distribuição, junto a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), de certificados de recebíveis imobiliários (CRI), em três séries, da 226ª emissão da Opea Securitizadora S.A , lastreados em créditos imobiliários decorrentes da 1ª emissão de notas comerciais, em três séries, emitidas pela companhia, destinada exclusivamente a investidores qualificados.
A emissão totalizou uma captação bruta para a companhia de aproximadamente R$ 218,8 milhões.
A companhia informou ainda que foi verificado excesso de demanda pelos CRI por parte dos investidores no procedimento de bookbuilding realizado em 22 de fevereiro, e a emissora, após consulta e concordância prévia dos coordenadores e da companhia, optou por exercer parcialmente a opção de emissão de lote adicional de CRI, de forma que o valor total da emissão e dos CRI alcançou cerca de 1,1x a oferta-base de R$ 200 milhões.
A demanda tinha atingido 1,70x a mesma oferta-base.
Os juros remuneratórios a serem pagos pela companhia foram definidos no procedimento de bookbuilding, serão pagos pela companhia trimestralmente, e a amortização vai ser paga somente nas datas de vencimento de cada série.
Vibra [VBBR3]
Em convenção de revendedores da Vibra (ex-BR Distribuidora), Ernesto Pousada, CEO da companhia, comentou ainda não ter certeza se a empresa vai perder o direito de uso da marca BR.
Em janeiro, a Petrobras [PETR3; PETR4] comunicou à companhia que não possuía interesse em renovar a licença de uso além do contrato atual, que se encerra em 28 de junho de 2029.
A BR Distribuidora foi vendida pela Petrobras em 2021. Após o prazo de junho de 2029, a Vibra teria ainda mais seis anos para promover o “rebranding” da rede com uma marca própria.
Pousada não descartou a possibilidade de utilizar a marca em um novo formato, com outras condições e adiantou que ainda não conversou com a administração da estatal sobre a hipótese. “Nós só recebemos a notificação, mas não conversamos com a Petrobras sobre isso”, disse.
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, já comentou algumas vezes que a companhia quer voltar a estar mais próxima do consumidor, mas sem dizer em que formato.
Infracommerce [IFCM3]
A Infracommerce firmou acordo com a Liber, referência em soluções de financiamento da cadeia produtiva, para fomentar o crédito para clientes distribuidores de grandes empresas de suas carteiras.
A parceria prevê a integração comercial e tecnológica, para que a Liber assuma a gestão e a operação completa da solução de crédito B2B da Infracommerce.
Inicialmente, a colaboração entre as companhias visa criar valor através de crédito acessível para os milhares de varejistas ligados a seus clientes, incluindo políticas de crédito, modelagem enriquecida por dados transacionais de indústrias e de mercado, e processos otimizados de cobrança.
“A expectativa é que a parceria impulsione vendas nos marketplaces da companhia, através do expertise em crédito e capacidade de funding da Liber”, disse a Infracommerce.
Allos [ALOS3]
A agência de classificação de risco Fitch afirmou o rating nacional de longo prazo ‘AAA(bra)’ da Allos e o IDR (Rating de Inadimplência do Emissor) de longo prazo de moeda estrangeira de sua subsidiária integral, a brMalls, em ‘BB+’.
O rating da Allos reflete sua forte posição de negócios como a maior operadora de shopping centers no Brasil.
O rating também considera a robusta carteira de propriedades da companhia – sustentada por uma vasta e diversificada base de ativos, elevadas taxas de ocupação e uma base de locatários pulverizada.
B3 [B3SA3]
O Mubadala Capital estrutura uma nova bolsa de valores no Brasil para concorrer com a B3, afirmou o colunista do jornal O Globo, Lauro Jardim, em seu blog.
Conforme a apuração, a nova bolsa vai ser sediada no Rio de Janeiro e começa a operar no segundo semestre de 2025, presidida por Claudio Pracownik, ex-Ágora Investimentos e ex-Genial Investimentos.
De acordo com Jardim, a Mubadala Capital estrutura uma bolsa de valores para operar em todos os mercados, de ações a derivativos, câmbio, entre outros.
Quanto ao nome, o Mubadala contratou uma empresa para decidi-lo.
Camil [CAML3]
A Camil informou hoje que sua próxima Assembleia-Geral Ordinária (AGO) será realizada em 28 de junho.
A companhia esclarece que oportunamente disponibilizará as demais informações relacionadas à AGO, nos termos da legislação aplicável.
Gerdau [GGBR4] e Metalúrgica Gerdau [GOAU4]
É hoje a data de corte para o pagamento dos valores da Gerdau e Metalúrgica Gerdau. As ações passarão a ser negociadas ex-dividendos a partir de 4 de março.
Em 20 de fevereiro, a Gerdau anunciou o pagamento total de R$ 175 milhões em dividendos, ao passo que a Metalúrgica Gerdau vai distribuir R$ 51,6 milhões.
O montante de R$ 175 milhões corresponde a R$ 0,10 por ação GGBR4, enquanto os R$ 51,6 milhões equivalem a R$ 0,05 por ação GOAU4.
Os dividendos da Gerdau serão pagos no dia 12 de março. Já os proventos de Metalúgica Gerdau serão creditados no dia seguinte.
Auren Energia [AURE3]
A Auren vai pagar R$ 400 milhões em dividendos, como decidiu o conselho de administração e foi anunciado em 7 de fevereiro. O montante corresponde a R$ 0,40 por ação.
Farão jus aos créditos investidores posicionados em base acionária ao fim da sessão desta sexta-feira. As ações serão negociadas ex-dividendos a partir de 4 de março. O pagamento dos dividendos foi programado para 14 de março.
Bradesco [BBDC3; BBDC4]
O Bradesco efetua hoje a segunda distribuição conforme o cronograma previsto para o pagamento de juros sobre o capital próprio mensais para o exercício de 2024.
Os valores previstos a serem pagos aos acionistas inscritos nos registros nas datas de declaração e datas-base de direito mencionadas abaixo serão de R$ 0,017249826 por ação ordinária (ON); e R$ 0,018974809 por ação preferencial (PN).
Líquidos do imposto de renda (IR) na fonte de 15% (quinze por cento), correspondem a R$ 0,014662352 por ação ordinária (ON) e R$ 0,016128588 por ação preferencial (PN), exceto para acionistas pessoas jurídicas que estejam dispensados da referida tributação, que receberão pelo valor declarado.
Esta sexta-feira ainda foi escolhida como data de corte para pagamento dos mesmos valores em abril.
Itaú [ITUB3; ITUB4]
Esta sexta-feira foi um dos dias definidos pelo Itaú para o pagamento de JCP mensais, relativos ao ano de 2024, que chega ao valor de R$ 0,01765 por ação.
O crédito individualizado foi agendado para 28 de fevereiro, com data de corte em 31 de janeiro.
Esse valor sofre ainda retenção de 15% de imposto de renda (IR) na fonte, que resulta em juros líquidos de R$ 0,015 por ação, excetuados dessa retenção os acionistas pessoas jurídicas (PJs) comprovadamente imunes ou isentos.
Irani [RANI3]
A S&P Global Ratings reafirmou o rating de crédito de emissor ‘brAA’ na Escala Nacional Brasil atribuído à Irani, com perspectiva estável. A agência de classificação de risco reafirmou ainda o rating ‘brAA+’atribuído à 4ª emissão de debêntures senior secured.
Analistas esperam que a companhia apresente menor ritmo de redução de dívida bruta nos próximos anos, além de menor geração de Ebitda contra a projeção anterior.
A perspectiva estável indica a expectativa de que a Irani vai apresentar geração de caixa operacional crescente nos próximos anos, à medida que a empresa captura as melhorias operacionais da plataforma GAIA.
Além disso, o conselho de administração de Irani aprovou a distribuição de dividendos intercalares no valor total de R$ 2.304.251,02, correspondentes a R$ 0,009607855 por ação ordinária, aos acionistas detentores de ações de emissão da companhia em 5 de março, próxima terça-feira.
Os proventos serão imputados ao dividendo mínimo obrigatório eventualmente declarado pela assembleia-geral ordinária (AGO) que aprovar as contas dos administradores relativas ao exercício social de 2023.
Esses dividendos perfazem 25% do lucro líquido apurado nas demonstrações financeiras da companhia de 31 de dezembro de 2023.
As ações de emissão da companhia serão negociadas exproventos em relação aos dividendos intercalares – 4º Trimestre a partir de 6 de março de 2024 (inclusive) e o pagamento aos acionistas vai ser realizado até 30 de março de 2024.
Valid [VLID3]
O fundo Organon Master FIA, titular de ações correspondentes a aproximadamente 3,72% do capital social da Valid, solicitou ao conselho de administração que avalie e posteriormente submeta aos acionistas uma proposta de alteração do estatuto social da empresa.
O acionista pede a exclusão do artigo 45 do documento, uma vez que tal disposição não atende ao melhor interesse da companhia, na interpretação de Organon Master FIA.
Diz o artigo: “- Qualquer acionista adquirente que adquirir ou se tornar titular de ações de emissão da Companhia, em quantidade igual ou superior a 35% (trinta e cinco por cento) do total de ações de emissão da Companhia deve, no prazo máximo de 60 (sessenta) dias a contar da data de aquisição ou do evento que resultou na titularidade de ações em quantidade igual ou superior a 35% (trinta e cinco por cento) do total de ações de emissão da Companhia, realizar uma OPA da totalidade das ações de emissão da Companhia […].”
A administração da companhia vai analisar a proposta.
Hidrovias do Brasil [HBSA3]
O Morgan Stanley atingiu posição equivalente a 5,10% do número total de ações ordinárias da Hidrovias do Brasil, correspondente a 38.459.240 ações ordinárias (ON) de emissão da companhia em sua titularidade.
Adicionalmente, o Morgan Stanley informou que não objetiva alterar a composição do controle ou estrutura administrativa da companhia.
MRV [MRVE3]
A MRV registrou prejuízo líquido atribuído aos controladores de R$ 105 milhões no quarto trimestre de 2023, uma recuperação em relação às perdas líquidas de R$ 333,5 milhões em igual período de 2022.
A receita líquida cresceu 16,8% em um ano, a R$ 1,90 bilhão.
Equatorial Energia [EQTL3]
O Ministério de Minas e Energia (MME) e a Equatorial assinaram um contrato do Programa Luz Para Todos, no valor de R$ 2,6 bilhões, para atender 280 mil pessoas que ainda não têm energia elétrica no Pará (PA).
Aproximadamente 70 mil unidades consumidoras serão atendidas por ligações convencionais e remotas em 55 municípios paraenses entre 2024 e 2025.
Nas áreas remotas, 29.914 unidades consumidoras receberão kits solares, com um investimento de cerca de R$ 1,2 bilhão.
Adicionalmente, estão previstas 39.644 ligações convencionais, em benefício a quase 280 mil pessoas, e serão feitas ampliações em 18 subestações.
As obras terão maior impacto nas ilhas, em nove unidades de conservação, quatro aldeias indígenas da etnia Kayapó, cento e oitenta e uma escolas, cinquenta e sete postos de saúde indígena e outras áreas ainda sem energia elétrica.
Sabesp [SBSP3]
A Sabesp concluiu o procedimento de bookbuilding referente à oferta pública de distribuição de 2.940.478 debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, em três séries, da 31ª emissão, com valor nominal unitário de R$ 1.000,00.
A oferta perfazia no dia 20 de fevereiro de 2024 o montante total de R$ 2.940.478.000,00, o qual foi aumentado, em razão do exercício parcial do lote adicional e foi destinada a investidores profissionais.
Unipar [UNIP6]
Em reunião do conselho de administração, a Unipar elegeu Rodrigo Cannaval para o cargo de diretor de Relações com Investidores (RI) da companhia em substituição a Antonio Marco Campos Rabello.
Rodrigo Cannaval passa a ocupar, interinamente, o cargo de diretor de Relações com Investidores, que vai ser cumulado com suas funções de diretor Executivo.
Grendene [GRND3]
O resultado líquido recorrente de Grendene foi de R$ 256,5 milhões no quarto trimestre de 2023, uma alta de 22,70% em relação aos R$ 209,0 milhões reportados sobre o mesmo período de 2022.
O lucro bruto avançou 3,6% em um ano, a R$ 362,6 milhões, e o Ebitda recorrente foi a R$ 181,0 milhões, alta de 16% em um ano.
Copel [CPLE6]
A Copel registrou lucro líquido de R$ 942,8 milhões no quarto trimestre de 2023, um crescimento de 51,2% na comparação com o mesmo período de 2022.
A receita líquida saltou 5,8% em um ano, a R$ 5,5 bilhões. O Ebitda se expandiu em 10,10% em doze meses, a R$ 1,48 bilhão.
Casas Bahia [BHIA3]
O Grupo Casas Bahia assinou com instituições financeiras um acordo para o reperfilamento de suas emissões de Cédulas de Crédito Bancário e da 9° emissão de debêntures da companhia que, juntas, somam R$ 1,5 bilhão.
As dívidas reperfiladas, que teriam vencimento entre 2024 e 2025, terão um novo vencimento de três anos. A amortização do principal vai ocorrer após a carência de dezoito meses, em pagamentos trimestrais de 5%, após carência, e 70% no trigesimo sexto mês.
O custo das operações foi definido à taxa do CDI mais 4% ao ano.
A posição de caixa e recebíveis de cartões e outros recebíveis totalizou R$ 3,6 bilhões ao fim de dezembro, de acordo com dados preliminares e não auditados.
Com relação ao endividamento, no valor de R$ 3,90 bilhões, aproximadamente 41,00%, ou R$ 1,70 bilhão, possuía vencimento no longo prazo. Com o reperfilamento de dívidas, 69,00% do endividamento do Grupo Casas Bahia vai ter vencimento no longo prazo.
A conclusão do reperfilamento de dívidas está sujeita à negociação dos documentos definitivos e aprovações finais por parte dos respectivos credores, bem como outras condições usuais nesse tipo de transação.
Cielo [CIEL3]
O conselho de administração da Cielo convocou uma Assembleia Especial de Acionistas Titulares de Ações em Circulação para tratar da realização de nova avaliação do preço justo por ação na oferta de aquisição de ações (OPA) para o dia 2 de abril, , às 10:00, de modo exclusivamente virtual, a pedido de acionistas minoritários, que questionam o valor oferecido pelos controladores Banco do Brasil [BBAS3] e Bradesco [BBDC4].
A OPA visa a conversão do seu registro de companhia aberta na CVM da categoria “A” para a “B” e a saída do segmento de listagem Novo Mercado da B3.
Acionistas da companhia que solicitaram a sua convocação da “assembleia especial” indicaram o J. Safra Assessoria Ltda. como instituição avaliadora a ser contratada, se for o caso, para a elaboração do novo laudo de avaliação.
Membros independentes do conselho de administração consignaram que o J. Safra pertence ao mesmo grupo que o Banco Safra S.A., que atua como credenciadora, e exerce, portanto, atividade concorrente com os negócios da companhia.
Em função dessa circunstância, decidiram recomendar aos acionistas presentes à “assembleia especial” que avaliem, com atenção, a contratação da referida instituição para a elaboração de um novo laudo.
Nesse sentido, membros independentes do conselho de administração aprovaram, por unanimidade, uma proposta da diretoria para inclusão do Rothschild & Co Brasil Ltda. como opção de avaliador para a elaboração do novo laudo, a ser deliberado na “assembleia especial”.
Membros independentes do CA decidiram, outrossim, orientar a diretoria da Cielo que não sejam compartilhadas informações, com qualquer empresa que venha a ser escolhida pela “assembleia especial”, que sejam sensíveis ou estratégicas sob o ponto de vista concorrencial e, portanto, que possam resultar em prejuízos aos interesses da companhia e de seus acionistas.
Prio [PRIO3]
A Prio concluiu a liquidação da segunda emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, em duas séries, da espécie quirografária, com garantia adicional fidejussória, no valor de R$ 2 bilhões.
800 mil títulos foram emitidos em primeira série, com vencimento em 15 de fevereiro de 2029. 1.200.000 títulos foram emitidos em segunda série, com amortizações anuais a partir do oitavo ano e vencimento final em 15 de fevereiro de 2034.
A oferta destinou-se a investidores profissionais, com garantia firme para a totalidade das debêntures.
A emissora contratou ainda swaps (instrumentos derivativos) com o objetivo de dolarizar a emissão. Dessa forma, a emissão em conjunto com os instrumentos derivativos vai resultar em um custo médio dolarizado de 6,14% ao ano (a.a.) e duration aproximada de 5,90 anos.