Entre os destaques corporativos desta quinta-feira (10), a Itaúsa [ITSA3; ITSA4] alienou outra fatia na XP, a Wiz [WIZS3] celebrou contrato para compra da Promotiva, e a B3 [B3SA3] firmou a aquisição da Neurotech.
A Dommo [DMMO3] divulgou a produção de outubro.
A Vibra [VBBR3] foi multada pelo Cade por conta de operações no aeroporto de Guarulhos, a Enauta [ENAT3] iniciou a perfuração de um novo poço no Campo de Atlanta, e a Natura [NTCO3] divulgou revisão do guidance para suas controladas.
Itaúsa [ITSA3; ITSA4]
A Itaúsa efetuou a venda de 15.500.000 ações Classe A de emissão da XP, correspondentes a 2,79% do capital da corretora (desconsideradas as ações em tesouraria), pelo valor aproximado de R$ 1,5 bilhão, considerando a taxa de câmbio de ontem (09).
Do total vendido, 5.500.000 ações foram alienadas de forma privada à própria XP.
Assim, a Itaúsa alienou 41.000.000 de ações da XP no exercício de 2022 e passou a deter 35.470.985 de ações da XP, equivalentes a 6,39% do capital da XP e 2,27% de seu capital votante.
A alienação decorre da decisão estratégica da Itaúsa de reduzir sua participação na XP, conforme divulgado anteriormente, por não se tratar de ativo estratégico, sendo que os recursos serão destinados ao reforço de caixa e à ampliação do nível de liquidez da holding.
A operação impactará positivamente os resultados da Itaúsa do quarto trimestre de 2022 em aproximadamente R$ 680 milhões, líquidos de impostos.
Os termos e condições do Acordo de Acionistas da XP descritos em fato relevante e 1º de fevereiro de 2021 da Itaúsa, principalmente quanto ao direito de indicar membros ao conselho de administração e comitê de auditoria da XP, permanecem inalterados.
Wiz [WIZS3]
A Wiz e o Banco Votorantim (BV) celebraram contrato de compra e venda de ações, por meio do qual a Wiz ou uma de suas controladas se compromete a adquirir 100% das ações de emissão da Promotiva, uma das principais gestoras de correspondentes do Banco do Brasil.
A Aquisição se dará pelo preço total estimado entre R$ 75.000.000,00 e R$ 85.000.000,00, a depender da performance da Promotiva.
A Promotiva, mediante a celebração de um novo contrato com o BB, continuará atuando como uma das gestoras de correspondentes do BB no país por 5 anos, contados do fechamento da aquisição, para distribuição de crédito pessoa física, conta corrente e cartão.
Atualmente a Promotiva conta com centenas de parceiros credenciados, com atuação em mais de três mil municípios do país, e foi responsável pelo desembolso de R$10,9 bilhões em crédito a pessoa física no ano de 2021.
O fechamento e a efetiva realização da aquisição estão sujeitos às condições precedentes usuais a esse tipo de transação, incluindo a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Vibra [VBBR3]
A Vibra Energia informou que o Cade condenou a Vibra, juntamente com outras empresas que operam em condomínio as instalações construídas por elas no aeroporto de Guarulhos, pela alegação de, supostamente, criarem barreira à entrada de um novo concorrente nessas instalações. A Vibra foi condenada a pagar multa de R$ 62.290.894,61.
A distribuidora ainda não foi intimada dessa decisão e afirmou que irá avaliar as medidas cabíveis para preservação dos seus legítimos interesses.
Natura [NTCO3]
A Natura &Co decidiu descontinuar as projeções (guidance) relativas à receita líquida consolidada, margem Ebitda consolidada, índice de endividamento líquido consolidado da Natura, margem Ebitda recorrente e programa de investimentos da Avon Internacional, e captura de sinergias resultantes das combinações de negócio entre a Natura e a Avon Products.
A Natura decidiu descontinuar as projeções tendo em vista a continuidade da reestruturação organizacional da companhia e as recentes atualizações sobre possíveis alterações em suas linhas de negócio.
Há cinco meses, Fábio Barbosa assumiu como principal executivo da Natura. Na ocasião, foi anunciada uma reorganização da estrutura da Natura &Co, com o objetivo de aumentar as responsabilidades de suas unidades de negócios e uma estrutura mais simples da holding. As mudanças, recomendadas pelo Comitê de Transição, continuam sendo implementadas pela administração.
Adicionalmente, a Natura também anunciou que avalia rever seus modelos de operação e/ou sua presença nos mercados de baixo desempenho, bem como está acelerando o ritmo da integração das marcas Natura e Avon na região da América Latina.
Mais recentemente, também foi divulgado estudo acerca de um potencial IPO ou spin-off (separação do grupo) da sua marca e unidade de negócios de luxo e bem-estar, Aesop.
Dommo [DMMO3]
A produção atribuída à Dommo em outubro foi de 25.585 barris.
O operador do Campo de Tubarão Martelo (TBMT), informou a companhia que a produção do cluster de Polvo e Tubarão Martelo foi afetada por um workover no poço POL-02.
Enauta [ENAT3]
A Enauta iniciou hoje a perfuração do novo poço 7-ATL-5H-RJS, no Campo de Atlanta.
Conforme já informado, o novo poço tem um investimento previsto de US$ 75 milhões (incluindo a interligação com o FPSO) e deverá entrar em produção no primeiro trimestre de 2023.
Como forma de otimizar os investimentos utilizando os contratos assinados em fevereiro deste ano, a companhia seguirá com a perfuração de dois poços adicionais que farão parte do Sistema Definitivo do Campo de Atlanta, previsto para meados de 2024.
Localizado na Bacia de Santos, o Campo de Atlanta é operado pela Enauta Energia, subsidiária integral da Enauta, que também detém 100% deste ativo.
B3 [B3SA3]
A B3 celebrou contrato para aquisição da totalidade do capital social da Neurotech Tecnologia da Informação, empresa de tecnologia especializada na criação de sistemas e soluções de inteligência artificial, machine learning e big data.
A B3 desembolsará, na data de fechamento da operação, o valor previsto da aquisição, de R$ 569 milhões, e o valor do aporte ao capital social na Neurotech, de aproximadamente R$50 milhões, para quitação de obrigações de indenização relacionadas ao término do programa de opções de compra e subscrições de ações da Neurotech. A B3 se comprometeu, ainda, ao pagamento futuro de aproximadamente R$ 523 milhões em earn-outs (valor presente estimado no cenário base de execução do plano de negócios de 2022 a 2026), a depender do atingimento de determinadas metas de desempenho.
O preço final da operação estará sujeito a ajustes comuns em transações dessa natureza. Os recursos para o pagamento serão provenientes do caixa livre da B3 e não há mudança nas projeções de endividamento e payout divulgadas em 11 de agosto de 2022.