Entre os destaques corporativos desta sexta-feira (06), Roberto Ramos, presidente da Braskem, deu início a uma reestruturação na diretoria executiva da companhia, com mudanças significativas nos quadros de liderança.
MRV [MRVE3]
A MRV Engenharia concluiu uma revisão estratégica da sua subsidiária nos Estados Unidos, a Resia, com o objetivo de otimizar operações e simplificar a estrutura organizacional e financeira. Essas mudanças visam acelerar o processo de desalavancagem do grupo. Entre as medidas adotadas estão a venda de sete projetos e a redução no ritmo de lançamentos. Essas ações devem diminuir as despesas gerais e administrativas (G&A) da Resia de US$ 35 milhões anuais para menos de US$ 10 milhões até 2025. Com essas iniciativas, espera-se que a alavancagem do grupo seja reduzida em cerca de US$ 480 milhões. Além disso, foi anunciado que Ernesto Lopes, atual CEO da Resia, deixará o cargo ao final de 2024.
O Citi avaliou, em relatório, que embora a empresa necessite de novo capital próprio, as ações planejadas são positivas para a operação e para a MRV como um todo. Dado o cenário atual de desafios no balanço patrimonial da companhia, o banco projeta que a execução do novo plano reduzirá o endividamento do grupo, medido pela relação entre dívida líquida e patrimônio, de 129% para 89%.
Hapvida [HAPV3]
A Hapvida firmou um contrato de locação com construção ajustada (built to suit) para a implementação do Hospital Ibirapuera. O investimento previsto para o projeto é de até R$ 300 milhões. O contrato prevê um cap rate de 8,5% ao ano, ajustado anualmente com base no IPCA, de acordo com o cronograma de desembolso da REAG. O prazo de locação foi estabelecido em 20 anos, com a possibilidade de renovação por mais 20 anos.
Braskem [BRKM5]
Roberto Ramos, presidente da Braskem, deu início a uma reestruturação na diretoria executiva da companhia, com mudanças significativas nos quadros de liderança. Felipe Montoro Jens assumirá a função de Diretor Financeiro e de Relações com Investidores, substituindo Pedro Freitas. Além disso, pelo menos outras quatro diretorias foram renovadas, incluindo lideranças nas operações do México e dos Estados Unidos. Ao todo, oito executivos deixaram a empresa.
A XP Investimentos apontou que essas mudanças podem gerar uma reação levemente negativa no mercado devido ao aumento das incertezas e potenciais riscos operacionais. “Não esperávamos uma alteração significativa na equipe de gestão, especialmente diante dos desafios do atual ciclo de baixa na indústria petroquímica”, destacaram os analistas em relatório.
Cemig [CMIG4]
A Cemig anunciou a liquidação de títulos de dívida emitidos no mercado externo pela Cemig GT, conhecidos como Eurobonds. Essa operação resultou em um impacto líquido positivo no caixa da companhia, no valor de R$ 1,866 bilhão. Esse montante considera o pagamento de R$ 2,309 bilhões (equivalente a US$ 381 milhões), subtraído do efeito positivo de hedge, que totalizou R$ 443 milhões.
Taesa [TAEE3]
A Taesa comunicou que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) emitiu o termo de liberação para uma parte das instalações de Colinas, relacionadas ao reforço autorizado no empreendimento Novatrans. Com essa liberação, a Taesa passa a receber uma Receita Anual Permitida (RAP) adicional de aproximadamente R$ 9,9 milhões para o ciclo de 2024-2025.
Equatorial [EQTL3]
A Equatorial Energia finalizou a venda da SPE 7, em uma operação realizada por meio de contrato entre a Equatorial Transmissão e a Energia Brasil. O acordo, que havia sido anunciado em julho, estabelece um equity value de até R$ 840.627.451,00 para a SPE 7.
PetroReconcavo [RECV3]
O Grupo Perbras ampliou sua participação acionária na PetroReconcavo, alcançando o total de 29.425.304 ações ordinárias (ON), o que representa 10,03% do total dessa classe de ações.
B3 [B3SA3]
O Goldman Sachs revisou sua recomendação para as ações da B3, elevando de neutra para compra. O preço-alvo foi fixado em R$ 12, indicando um potencial de valorização de 23% em relação ao último preço registrado.
CSN [CSNA3]
A 1ª Vara de Falências de São Paulo aprovou o processamento conjunto do pedido de recuperação judicial da InterCement Brasil e de suas controladoras. A empresa informou que o plano de recuperação judicial deverá ser apresentado em até 60 dias após a publicação da decisão.
LOG [LOGG3]
A LOG Commercial Properties prevê alcançar um lucro líquido entre R$ 350 milhões e R$ 450 milhões em 2025, impulsionada pelo desenvolvimento de novos ativos. Além disso, a empresa concluiu a venda dos ativos LOG Fortaleza III e LOG Viana II, alcançando um total de R$ 1,5 bilhão em cinco transações realizadas neste ano.
Sequoia Logística [SEQL3]
A Sequoia Logística concluiu a venda de sua logtech por R$ 31,5 milhões líquidos. Desse montante, R$ 25,4 milhões foram pagos à vista, enquanto R$ 6,1 milhões foram retidos para contingências. A liberação da parte retida ocorrerá em um prazo de até cinco anos, a partir de janeiro de 2026.
Vale [VALE3] e CSN Mineração [CMIN3]
Os estoques de minério de ferro nos portos da China registraram uma queda de 1,6% na última semana, totalizando 146,1 milhões de toneladas. O minério de ferro proveniente do Brasil atingiu 51 milhões de toneladas, representando uma queda mensal de 1,2%, mas um crescimento de 19% na comparação anual, de acordo com dados divulgados pela Steelhome.