Gol [GOLL4]: veja como ficam os tickers da companhia após mudança

gol ticker mudança

A Gol Linhas Aéreas iniciou nesta quinta-feira (12) uma importante fase de sua reestruturação financeira, com reflexos diretos para seus acionistas. A partir de agora, as ações da Gol na B3 deixam de ser negociadas sob os códigos GOLL3 e GOLL4 e passam a usar os tickers GOLL53 (ordinárias) e GOLL54 (preferenciais). A alteração faz parte de um amplo processo de aumento de capital previsto no plano de recuperação judicial da companhia nos Estados Unidos (Chapter 11).

A troca de tickers ocorre no contexto da capitalização de aproximadamente R$ 12 bilhões em créditos contra a própria empresa. Isso significa que, ao invés de pagar dívidas em dinheiro, a Gol vai emitir novas ações para os credores. A operação foi aprovada em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) realizada no dia 30 de maio.

Serão emitidos mais de 8 trilhões de ações ordinárias e cerca de 968 bilhões de preferenciais, o que causará uma grande diluição da participação dos atuais acionistas. Como reflexo, o valor individual das ações caiu drasticamente, sendo fixado em R$ 0,0002857142 por papel ordinário e R$ 0,01 por papel preferencial.

Como fica a negociação das ações GOLL53 e GOLL54?

Para facilitar a negociação com esses valores reduzidos, a B3 ajustou a cotação para lotes de 1.000 ações, com valores expressos por mil unidades. Mesmo assim, investidores ainda podem negociar partes menores no mercado fracionário.

Além disso, os bônus de subscrição GOLL13 foram convertidos em GOLL80. Opções, contratos a termo, empréstimos e outras posições derivadas também foram ajustadas de acordo com os novos tickers e parâmetros técnicos.

Como funciona a negociação dos direitos de subscrição (GOLL2)?

Os investidores que detêm direitos de subscrição, identificados pelo ticker GOLL2, podem negociá-los normalmente. A negociação é feita pela quantidade exata que aparece na tela do home broker. No entanto, o valor financeiro que entra na conta é ajustado pelo novo fator de cotação. Ou seja, o resultado da venda será calculado como (preço × quantidade) dividido por 1.000.

Por exemplo, se um cliente realizar a venda de 1000 ações ao valor atual de 14,32 ele irá receber R$ 14,32. Se o cliente realizar a venda de 1.000.000 de ações, a conta fica a seguinte: (1.000.000 x 14,32)/1.000 = R$ 14.320,00.

O que muda para opções, grandes lotes e contratos?

As opções de GOLL3 e GOLL4 também foram ajustadas automaticamente para os novos ativos GOLL53 e GOLL54, com fator de cotação de 1.000 ações e lote padrão de 100 opções. Os grandes lotes de GOLL4, como GOLL4Q, GOLL4M e GOLL4R, passaram a ser negociados como GOLL54Q, GOLL54M e GOLL54R, com o mesmo ajuste de fator e quantidade mínima.

Todos os contratos a termo, posições em opções listadas, falhas de entrega e empréstimos de ações foram atualizados automaticamente pela B3. No dia 13 de junho, todas as ofertas de empréstimo dos papéis antigos foram canceladas, e os contratos ativos migraram para os novos códigos, sem alteração de volume ou preço.

Subscrição: prazos e próximos passos

A subscrição das novas ações pode ser feita entre 12 de junho e 14 de julho de 2025, respeitando o direito de preferência dos acionistas que estavam posicionados até o fim do pregão de 11 de junho. A negociação dos direitos de subscrição segue até o final do mês, e a liquidação financeira está prevista para o dia 30 de junho.

Esse processo faz parte de uma estratégia ampla para reduzir o endividamento da Gol, facilitar a entrada de novos recursos e reposicionar a companhia no setor aéreo brasileiro. Apesar da complexidade e dos impactos severos sobre os acionistas antigos, analistas destacam que a operação é fundamental para garantir a sobrevivência da empresa no médio e longo prazo.

É o momento de operar Gol?

Para o analista Reydson Mattos, CNPI, o cenário envolvendo as ações da Gol é complexo e difícil de interpretar. “A gente não tem recomendação de compra para a Gol. O case é muito complicado, até difícil de entender o que aconteceu nesse movimento recente”, afirmou.

Mattos recomenda cautela aos investidores e sugere que, na maioria dos casos, o melhor caminho seria se desfazer dos papéis. “Só consideraria a conversão via subscrição quem tem um perfil mais especulativo e está disposto a assumir esse risco, o que, reforço, não é a minha recomendação”, completou.

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