IBC-Br: Até que ponto corresponde de fato ao Produto Interno Bruto?

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O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) subiu 1,17% em julho na comparação com junho, informou o Banco Central nesta quinta-feira (15). 

O IBC-BR é um indicador de crescimento econômico divulgado mensalmente, e tem a finalidade de mensurar o desempenho da economia, além de contribuir para a elaboração da estratégia de política monetária do Copom e a decisão da taxa básica de juros, a Selic.

No comparativo anual, a alta foi de 3,87%, ante estimativa de 2,8%, e expansão de 3,09% em relação ao mês anterior. O crescimento segue mais forte do que o mercado esperava. A projeção era de alta de 0,30%.

O IBC-Br revela como está o nível de atividade da economia ao longo dos meses, a partir da ótica da oferta.

“Através da produção dos setores agrícola, industrial e de serviços, [ele] mostra o nível de atividade agregada da economia num determinado mês. Até por ser um indicador de atividade e desempenho econômico agregado, o IBC-Br acaba sendo chamado e é conhecido como uma prévia do PIB”, afirma Marco Ferrini, analista de macroeconomia da Benndorf Research.

Apesar de, historicamente, o índice corresponder bem aos resultados do Produto Interno Bruto, sendo bastante útil para indicar a direção da economia, mas “não necessariamente isso quer dizer que o IBC-Br vai ser igual ao PIB, até porque as metodologias dos indicadores são diferentes”, complementa o analista. Enquanto o IBC-Br é produzido pelo Banco Central, o PIB vem do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Marco explica que, na verdade, o indicador do BC é um indicador de tendência usado pelo mercado como um termômetro para o desempenho econômico, em um período menor que o do PIB, que é trimestral.

“O IBC-Br é mais um indicador para os investidores terem em mente no momento de investir, já que muitas vezes ele acaba antecipando a direção que a economia vai tomar, contribuindo com perspectivas de juros futuros em conjunto com a inflação e podendo influenciar tanto nos investimentos de renda variável quanto nos investimentos de renda fixa”, conclui.

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