A atividade econômica brasileira registrou queda de 0,74% em maio, segundo o IBC-Br divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (14). O resultado veio bem abaixo da expectativa do mercado, que projetava estabilidade (-0,02%), e interrompeu uma sequência de quatro meses de alta. Para o Goldman Sachs, os dados apontam para uma desaceleração disseminada entre os setores.
Segundo o banco, a fraqueza foi generalizada: a agropecuária teve retração de 4,25%, a atividade não agrícola caiu 0,3%, a indústria recuou 0,5% e os serviços ficaram estagnados. “A surpresa negativa em maio reduziu o carry-over para o segundo trimestre para apenas 0,16%”, destacaram os economistas do Goldman em relatório.
Na comparação anual, a atividade subiu 3,16%, também abaixo do consenso de 4,10%. Para os próximos meses, o banco espera algum suporte à atividade por meio de transferências fiscais, melhora da renda real e programas de crédito consignado. No entanto, pondera que fatores como juros altos, endividamento das famílias e mercado de trabalho apertado devem limitar a recuperação.
O IBC-Br é considerado uma prévia do PIB e combina dados da agropecuária, indústria, serviços e impostos. Após os dados fracos de maio, o mercado volta a revisar projeções para o crescimento no segundo trimestre.
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