Ibovespa assume patamar dos 104 mil pontos, em reflexo de expectativas para os juros nos Estados Unidos e arcabouço fiscal

O Ibovespa opera em alta na sessão desta terça-feira (14), acompanhando as movimentações do mercado externo e com 104.153 pontos de máxima intradiária. O índice acompanha a reação positiva de Nova York à inflação ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos. Internamente, ficam no radar o arcabouço fiscal e o projeto da Petrobras [PETR3; PETR4] de retomar produção na Bahia. 

Mais cedo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, esteve reunido com o vice-presidente Geraldo Alckmin para apresentar a proposta do novo arcabouço fiscal. 

Os investidores esperam a divulgação da proposta da nova regra fiscal, enquanto o governo segue pressionando o Banco Central Brasileiro a cortar os juros. 

Mas o pregão hoje está regido pelo mercado estrangeiro, e os ativos também seguem a dinâmica internacional.

No exterior, o driver mais importante para os agentes econômicos foi o índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos, divulgado mais cedo. 

O CPI dos EUA subiu 0,4% em fevereiro ante janeiro, em linha com as expectativas. O núcleo do indicador subiu 0,5% na mesma comparação, ante expectativa de 0,4%.

O mercado aguardava o índice porque ele deve ser importante para a próxima decisão de juros do Federal Reserve.

A turbulência no setor financeiro americano, com a falência do SVB, continua em foco, assim como seus possíveis impactos em ações e nas taxas futuras.

De acordo com as expectativas dos agentes financeiros, os próximos passos do banco central americano em relação aos juros podem ser mais suaves.

No âmbito corporativo, Petrobras [PETR3; PETR4] contribui para a valorização do índice, assim como todas as petroleiras no geral, após a Opep manter sua previsão de alta na demanda global por petróleo em 2023, em 2,3 milhões de barris por dia.

Entre as maiores altas do Ibovespa, Raízen [RAIZ4] sobe 4,96% após aprovar a distribuição de R$ 919 milhões em dividendos. Embraer [EMBR3] avança 4,79%. No mesmo sentido, Via [VIIA3] registra alta de 4,41%.

Já no ritmo contrário, Natura [NTCO3] tem queda de 16,27%, após divulgar resultado muito abaixo das estimativas do Citi.

CVC [CVCB3] e Qualicorp [QUAL3] recuam 7,89% e 3,58% respectivamente.   

O dólar sustenta queda cotado a R$ 5,22. A desvalorização da moeda americana ante o real está diretamente ligada às commodities e fluxos no exterior. 

O dólar reage sob pressão externa, mas a inflação dentro do esperado nos EUA em fevereiro consolida a percepção de que o Fed pode subir os juros, em dose menor, afinal, a inflação ainda está longe da meta da autoridade monetária de 2% ao ano. 

🇧🇷 Ibovespa +0,41% (103.508)
💵 Dólar -0,20% (R$ 5,22)

Cotações registradas às 12h40

Commodities

Os contratos de petróleo operam em baixa na sessão, em meio ao dólar fortalecido após o índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos. 

A inflação americana subiu 0,4% em fevereiro ante janeiro, dentro do previsto pelos agentes financeiros. 

O minério de ferro avançou 0,36% na bolsa de Cingapura, cotado a US$ 132,00 a tonelada.

🛢 Brent -0,61% (US$80,28)
🛢 WTI -0,70% (US$ 74,28)
🇨🇳 Minério de ferro +0,36% (US$ 132,00)

Cotações registradas às 12h40 minério de ferro referente a Cingapura

(Com Agência Estado)

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