Ibovespa descola de Wall Street e fecha em alta, acima dos 108 mil pontos; dólar cai

Ibovespa descola de Wall Street e fecha em alta, acima dos 108 mil pontos; dólar cai

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Em uma quinta-feira (16) de forte volatilidade, o Ibovespa conseguiu descolar das Bolsas nos Estados Unidos e fechou em alta. Nos últimos dias de maior liquidez nos mercados em 2021, a Bolsa brasileira contou com o apoio da alta no preço das commodities, que deram impulso a papéis como Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3;PETR4).

Nem mesmo as revisões para baixo do Produto Interno Bruto (PIB) pelo Banco Central no Brasil, no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) impediram que a Bolsa fechasse acima dos 108 mil pontos.

“Localmente a gente não teve nenhuma notícia relevante, o RTI não trouxe nenhuma surpresa”, afirma Bruno Komura, analista da Ouro Preto Investimentos.

Lá fora, o investidor teve diferentes reações às mensagens dos Bancos Centrais. Primeiro, as Bolsas subiram com a perspectiva de que as autoridades monetárias estão empenhadas em combater a inflação global. Até então, o BC dos Estados Unidos (Federal Reserve) havia explicado que reduziria em US$ 30 bilhões mensais as compras de títulos públicos, prevendo que o tapering se encerre em março do ano que vem. E indicou que os juros nos EUA devem subir gradualmente a partir do ano que vem.

“Os juros nos Estados Unidos, antes da pandemia, eram de 1,75% e a gente achava baixo. Agora as coisas estão se normalizando e precisam voltar aos patamares pré-pandemia, ainda que devagar, já que ela não acabou”, afirmou Caio Megale, economista-chefe da XP em entrevista ao InfoMoney.

Mas foi o Banco Central da Inglaterra que deu um choque de realidade nos mercados, ao elevar a taxa de juros no Reino Unido em 0,15 ponto percentual (para 0,25%), tornando-se o primeiro grande BC no mundo a fazer um aperto monetário desde o início da pandemia. A decisão foi tomada justamente num momento em que o governo britânico sinaliza preocupações com a variante ômicron do coronavírus e adota novas restrições.

O Banco Central Europeu não mexeu nos juros, mas indicou que vai reduzir as compras de títulos públicos tal qual o Fed com o objetivo de encerrar o seu programa de emergência de compra de ativos no primeiro semestre. Por outro lado, amenizou sua postura mais hawkish ao dizer que planeja aumentar as compras em um segundo programa de estímulo, ao longo do segundo trimestre de 2022. A presidente do BCE também informou que é improvável que haja um aumento de taxa de juros no ano que vem.

“Eu acredito que o mercado brasileiro não necessariamente vai responder da mesma forma que o mercado americano se  tiver alta de juros nos Estados Unidos. Passamos por um susto muito grande na curva de juros e bateram pesados nos ativos. A gente segurou um pouco mais pois estamos em um nível de desconto um pouco maior e já sofremos esse movimento de juros”, afirma Flávio Aragão, sócio do 051 Capital.

Números de fechamento

O Ibovespa fechou em alta de 0,83%, aos 108.326 pontos. O volume negociado no dia ficou em R$ 33,5 bilhões. Já o Ibovespa futuro para fevereiro de 2022 operava em alta de 0,71%, nos últimos negócios do dia, aos 109.870 pontos.

O dólar comercial fechou em queda de 0,51%, a R$ 5,679 na compra e R$ 5,679 na venda. O dólar futuro para janeiro de 2022 operava próximo da estabilidade, com uma ligeira alta de 0,09%, a R$ 5,706.

Na sessão estendida do mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2023 avançou 16 pontos-base para 11,70%; DI para janeiro de 2025 subiu 12 pontos-base a 10,62%; e o DI para janeiro de 2027 avançou 13 pontos base a 10,50%.

Bolsas internacionais e commodities

As Bolsas em Nova York, que ontem repercutiram de maneira positiva as declarações do Fed, hoje sentiram a pressão da perspectiva de alta da taxa de juros. As ações de tecnologia, mais dependentes de capital e impactadas pelas altas de juros, foram as que mais caíram hoje com a expectativa de aumento nos custos de captação.

O Dow Jones fechou em queda de 0,09%, a 35.896 pontos; o S&P 500 recuou 0,88%, a 4.668 pontos; a Nasdaq fechou em baixa de 2,27% a 15.180 pontos.

Na Europa, os mercados se mantiveram em alta, mesmo com a virada das Bolsas em Nova York e as decisões mais austeras das autoridades monetárias do continente. O índice Stoxx 600, que reúne empresas de 17 países europeus, fechou em alta de 1,23%.

Na Bolsa chinesa de Dalian, o preço do minério de ferro subiu mais de 4% nos últimos negócios. E os preços do petróleo fecharam em alta pela segunda sessão seguida. O barril do Brent avançou 2,37%, a US$ 72,55, enquanto o do WTI subiu 1,54%, a US$ 75,02.

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