Ibovespa emenda quinto avanço consecutivo, impulsionado por blue chips em cenário de otimismo interno e externo; apenas seis papéis registraram desempenho negativo

O Ibovespa fechou em alta firme nesta sexta-feira (21), impulsionado por um otimismo tanto interno quanto externo. Nos Estados Unidos, indícios de uma possível suavização do ritmo do aperto monetário por parte do Fed animaram os investidores, enquanto o acirramento do cenário eleitoral doméstico puxou papéis de estatais, que deram força ao índice.

A pesquisa da Modalmais/Futura, que aponta uma possível virada na corrida eleitoral no segundo turno, também ajudou a impulsionar papéis como o do Banco do Brasil (BBAS3) e da Petrobras (PETR3; PETR4), por conta da percepção de uma maior proximidade de Jair Bolsonaro com políticas de mercado. Além disso, o eventual alinhamento com o Congresso majoritariamente conservador, caso eleito, pode facilitar eventuais privatizações.

No exterior, declarações de dirigentes do Fed antes do período de silêncio, que antecede as reuniões da instituição, deram a entender que o banco central americano pode estar caminhando para uma suavização no aperto monetário, a fim de evitar “excessos” e empurrar a economia para uma recessão.

O dólar fechou novamente em queda, acompanhando a perda de fôlego da moeda no mercado internacional, em meio à perspectiva de um Fed mais _dovish_. No plano doméstico, a redução da distância do atual mandatário para o ex-presidente Lula nas pesquisas eleitorais motivou o desmonte de posições defensivas no dólar e um fluxo para a bolsa.

📊 Ibovespa 119.928,79 pontos (+2,35%)
💰 Volume R$ 40,5 bilhões
💵 Dólar R$ 5,1480 (-1,33%)

As petroleiras registraram desempenho positivo, na esteira da alta da commodity de referência no mercado internacional e do otimismo em Nova York. Petrobras ON (PETR3) e PN (PETR4) subiram 3,41% e 3,43%, respectivamente, enquanto PetroRio (PRIO3) e 3R Petroleum (RRRP3) avançaram 1,93% e 2,58%.

O setor financeiro, com grande peso de negociações, ajudou a impulsionar o índice. Itaú (ITUB4) e Bradesco PN (BBDC4) subiram 3,33% e 2,12%, enquanto Banco do Brasil (BBAS3) e Santander (SANB11) avançaram 2,48% e 1,76%, respectivamente. Para Julia Monteiro, da MyCap Investimentos, há uma perspectiva otimista em relação aos resultados do setor no 3T22, por conta da taxa de juros elevada.

Por último, a Vale (VALE3) acompanhou o desempenho das outras _blue chips_ e subiu 2,93%, sendo acompanhada por outros papéis do setor de mineradoras e siderúrgicas, como Usiminas (USIM5) e Gerdau (GGBR4), que avançaram 3,17% e 1,97%, respectivamente. A CSN (CSNA3) registrou a maior alta de hoje, com 6,05%.

O Grupo Soma (SOMA3) também foi destaque positivo hoje, avançando 5,48%. Os papéis da companhia são impulsionados pelo otimismo do mercado em relação aos resultados da companhia no 3T22, por conta de sua maior exposição em segmentos de alta renda, os quais não foram significativamente afetados pela perda do poder aquisitivo da população nos últimos meses.

O GPA (PCAR3) se recuperou e fechou em alta de 3,57%, após liderar as quedas do Ibovespa ao longo da manhã. A companhia divulgou sua prévia de vendas referente ao 3T22 após o fechamento do pregão de ontem.

A Sabesp (SBSP3) avançou 3,71%, após o JPMorgan avaliar, em relatório, que há fundamentos legais e institucionais para viabilizar uma privatização da companhia, apesar de estar “cético” em relação ao tempo e ao formato do processo.

Do lado negativo, a MRV (MRVE3) registrou a maior queda do índice, com 7,18%, com investidores ainda repercutindo negativamente os dados da prévia operacional referente ao 3T22 da construtora.

⬆️ Maiores altas do índice

🟢 CSNA3 +6,05%
🟢 SOMA3 +5,48%
🟢 GOLL4 +4,56%

⬇️ Maiores baixas do índice

🔴 MRVE3 -7,18%
🔴 CIEL3 -1,69%
🔴 TIMS3 -0,95%

(Com Agência Estado e BDM Online)

 

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