Ibovespa ensaia recuperação, mas volta ao campo negativo acompanhando Nova York

O Ibovespa chegou a operar em alta na primeira hora de pregão desta quinta-feira (04), mas reverteu para perdas, registrando mínima intradiária de 101.510 pontos. Após as decisões dos principais bancos centrais do mundo, o principal índice da B3 buscou uma recuperação dos pregões anteriores, entretanto voltou à queda frente ao cenário americano. Dados de emprego nos Estados Unidos também estão no radar dos investidores.

A manutenção da taxa Selic chegou a trazer para o Ibovespa uma reação otimista, diante da sinalização do Copom de que é pouco provável um novo aumento dos juros.

Em Wall Street, contudo, as  preocupações com os bancos regionais pesam. Além disso, a decisão do Fed não gerou surpresa expressiva.

O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve elevou os juros para o intervalo entre 5% e 5,25% ao ano, o que já era amplamente precificado pelo mercado.

Entretanto, o comunicado da autarquia americana renovou as esperanças em uma pausa no aperto monetário já na próxima reunião do Fomc, em junho.

Hoje, os investidores direcionam o foco também aos dados de emprego nos Estados Unidos. O resultado de hoje veio acima da alta esperada para 236 mil, segundo a previsão de analistas entrevistados pelo The Wall Street Journal.

Na Zona do Euro, o Banco Central Europeu (BCE) anunciou o aumento em mais 0,25 ponto percentual na taxa de juros da Europa.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, afirmou que alguns dirigentes defenderam a alta de 0,5 ponto dos juros e ninguém foi a favor da manutenção das taxas.

Na agenda corporativa, diversas companhias divulgaram pela manhã seus resultados referentes ao primeiro trimestre deste ano, entretanto o mercado se mantém atento ao balanço de instituições financeiras como o Bradesco [BBDC4].

De acordo com a Bloomberg, o banco divulgará seus resultados após o fechamento do mercado, com expectativa de uma queda de 44% no lucro recorrente em relação ao mesmo período de 2022.

Figurando nas maiores altas do Ibovespa, os papéis da Ultrapar [UGPA3] lideram os ganhos do Ibovespa e avançam 8,43%, impulsionados pela divulgação do balanço da companhia, que reportou lucro de R$ 274 milhões no 1T23. 

MRV [MRVE3] também apresenta alta, de 5,28%, e Magazine Luiza [MGLU3] avança 4,79%.

Na contramão, Embraer [EMBR3] recua em 10,68%, em reação ao balanço da companhia, considerado “fraco” pelos agentes financeiros. CSN [CSNA3] demonstra queda de 4,98%, pelo mesmo motivo, e o Credit Suisse destacou de forma negativa o fluxo de caixa livre (FCF) ajustado da companhia.

O dólar amplia alta, cotado a R$ 5,02. O movimento ganha força diante da queda do euro, com redução do ritmo de alta de juros pelo BCE e a elevação das taxas por parte do Federal Reserve.

🇧🇷 Ibovespa -0,63% (101.160)
💵 Dólar +0,42% (R$ 5,02)

Cotações registradas às 12h

Commodities

Os contratos de petróleo operam com alta na sessão. O movimento ocorre enquanto investidores digerem as decisões de juros dos principais bancos centrais do mundo e a volta das bolsas da China após feriado prolongado.
O minério de ferro recuou 2,3,% na bolsa de Cingapura, cotado a US$ 99,20 a tonelada.

🛢 Brent +0,21% (US$ 72,56)
🛢 WTI -0,16% (US$ 68,50)
🇨🇳 Minério de ferro -2,3% (US$ 99,20)

(Com Broadcast)