Ibovespa fecha novamente na contramão do exterior, mas com alta modesta

O Ibovespa operou em baixa durante boa parte do dia, puxado pelo desempenho negativo das bolsas de Nova York, mas virou ao final do pregão e fechou em alta pelo sexto pregão consecutivo, novamente descolado do exterior. Com o IPCA e a Ata do Copom “dentro do esperado”, o índice deu continuidade à sua recuperação, em meio a um alívio para ativos de risco. O mercado também monitora a divulgação dos dados do índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos, que será divulgado amanhã.

A alta de ações com maior peso para o índice proporcionou esse leve avanço, com bom desempenho de papéis ligados a commodities: Os papéis ON e PN de Petrobras (PETR3; PETR4) subiram 1,32% e 1,64%, respectivamente, enquanto Vale (VALE3) teve alta de 2,07%. A Ata do Copom também influenciou os investidores. De acordo com Mário Mesquita, economista-chefe do Itaú, ao mencionar que as projeções da inflação para o início de 2024 estão ao redor da meta, o comitê sinaliza que a Selic deve permanecer em 13,75% na próxima reunião.

O dólar fechou em queda após quatro pregões, período no qual acumulou uma baixa de mais de 3%. Embora a moeda americana tenha perdido força em relação a pares do exterior, o operador de câmbio Hideaki Iha, da Fair Corretora, aponta que o fechamento de hoje pode representar um movimento de correção após a forte entrada de fluxo estrangeiro presente nos últimos dias. Além disso, Elson Gusmão, analista de câmbio da Ourominas, destaca que o pregão marcou uma atuação mais intensa de importadores, contribuindo para o avanço da moeda.

📊 Ibovespa 108.651,05 pontos (+0,23%)
💰 Volume R$ 26,9 bilhões
💵 Dólar R$ 5,1295 (+0,32%)

Entre os destaques positivos, o Itaú (ITUB4) teve bom desempenho, puxado pela reação positiva do mercado a bons resultados trimestrais, divulgados após o fechamento do pregão de ontem. Os papéis registraram alta de 2,61% e puxaram outros ativos do setor, como Banco do Brasil (BBAS3), Bradesco (BBDC4), que avançaram 1,67% e 1,45%, respectivamente.

Do lado negativo, a CVC (CVCB3) teve a maior queda do pregão, despencando quase 11%, após o JPMorgan cortar a recomendação do papel de “Overweight” para “Neutra” e reduzir o preço-alvo para R$ 10/ação no final de 2023.

⬆️ Maiores Altas do Ibovespa

🟢 QUAL3 +3,45%
🟢 ITUB4 +2,61%
🟢 BRKM5 +2,20%

⬇️ Maiores Baixas do Ibovespa

🔴 CVCB3 -10,96%
🔴 NTCO3 -9,62%
🔴 CASH3 -8,96%

(Com Agência Estado e BDM Online)

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