Ibovespa fecha perto da estabilidade, de olho no cenário externo

O Ibovespa fechou em leve alta nesta quinta-feira (08), se firmando em território positivo no final do pregão, após operar entre perdas e ganhos ao longo do dia. O cenário externo foi o principal foco do mercado hoje, com perspectivas de aperto monetário nas principais economias do mundo e uma possível desaceleração econômica preocupando investidores. O BCE resolveu elevar em 0,75 ponto percentual as taxas de juros no bloco, na tentativa de conter a inflação.

A divulgação do IGP-DI, que mostrou uma deflação um pouco acima do esperado, pressionada pelos combustíveis, também influenciou as decisões do mercado hoje. De acordo com o economista-chefe da Integral Group, Daniel Miraglia, o recuo dos preços do diesel e da gasolina afeta a leitura sobre o atacado. Na mesma linha, Piter Carvalho, da Valor Investimentos, ressalta que a redução das tarifas sobre os bens só vai até dezembro e devem voltar no ano que vem, afetando novamente os preços.

O dólar fechou em queda, apesar das declarações mais hawkish do presidente do Fed, Jerome Powell, que tendem a dar força à moeda americana. O executivo manteve seu discurso de que a instituição seguirá forte no combate à inflação no país, alertando sobre os riscos de um “afrouxamento prematuro” nessa política. O alívio se deu por conta de um alívio nas pressões inflacionárias apresentado no Livro Bege do banco central americano, que tirou força da moeda.

📊 Ibovespa 109.915,64 pontos (+0,14%)
💰 Volume R$ 24,8 bilhões
💵 Dólar R$ 5,2062 (-0,61%)

Os papéis de companhias aéreas foram destaque positivo no pregão, favorecidos pela queda dos DIs e do dólar, que influenciam o setor. A Azul (AZUL4) e a Gol (GOLL4) registraram altas de 6,46% e 5,36%, respectivamente.

Esses fatores também beneficiam os setores de varejo e construção, que figuram entre os maiores avanços. Via (VIIA3) e MRV (MRVE3) subiram 6,46% e 5,06%, respectivamente, enquanto a Magazine Luiza (MGLU3) foi a maior alta do índice hoje, com 7,25%.

Do lado negativo, notícias de um surto de gripe aviária em uma granja avícola em Ohio, nos Estados Unidos, atingiram os papéis de frigoríficos, que figuraram entre as maiores baixas do pregão. A Marfrig (MRFG3) caiu 5,84%, enquanto a JBS (JBSS3) recuou 4,99%. Além disso, segundo estimativa do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, o consumo de carne bovina na China, um dos principais consumidores das empresas, deve cair 3% no ano que vem, análise que colaborou para a queda dos papéis.

Apesar da alta do petróleo, as petrolíferas fecharam em território negativo, com 3R Petroleum (RRRP3), Petrobras ON (PETR3) e PN (PETR4) recuando 4,01%, 1,00% e 0,93%, respectivamente. A PetroRio (PRIO3) foi a terceira maior queda do dia, com 4,07%.

⬆️ Maiores Altas do Ibovespa

🟢 MGLU3 +7,25%
🟢 AZUL4 +6,46%
🟢 VIIA3 +5,54%

⬇️ Maiores Baixas do Ibovespa

🔴 MRFG3 -5,84%
🔴 JBSS3 -4,99%
🔴 PRIO3 -4,07%

(Com Agência Estado e BDM Online)

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