Ibovespa opera em alta puxado pela desaceleração do IPCA

IBOV

O Ibovespa opera em alta nesta quarta-feira (07), registrando máxima intradiária de 115.978 pontos. O impulso vem, principalmente, da divulgação do índice de inflação (IPCA) de maio, que veio abaixo do esperado. Atualizações sobre a Reforma Tributária também estão no radar.

O IPCA registrou um aumento de 0,23% em maio em comparação com o mês anterior, na contramão do aumento de 0,61% em abril.

Nos últimos 12 meses, houve uma desaceleração acentuada do índice de preços, encerrando o período com um aumento de 3,94%. Já em abril, a inflação acumulada no mesmo período era de 4,18%.

O resultado ficou abaixo das expectativas do mercado, que era de 0,33% de alta na comparação mensal. Com isso, as projeções para uma redução na taxa de juros ganham força.

O Comitê de Política Monetária (Copom) se reunirá entre 20 e 21 de junho para as definições em relação à taxa Selic, utilizada pelo Banco Central como ferramenta para controle da inflação.

Caso as perspectivas se confirmem, seja por meio de uma indicação de redução das taxas de juros ou por uma queda efetiva, o cenário se torna mais favorável para ativos de risco.

Concernente à Reforma Tributária, o relatório apresentado ao fim da tarde de ontem (06) pelos deputados Aguinaldo Ribeiro e Reginaldo Lopes propôs a criação do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), com uma cobrança feita pela União e outra por estados e municípios.

O texto também propôs a unificação de tributos federais (IPI, PIS e Cofins), estaduais (ICMS) e municipais (ISS) sobre consumo, com o objetivo de simplificar o sistema.

Enquanto isso, no exterior, as exportações da China recuaram em maio 7,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, se consolidando como a maior queda desde janeiro. Enquanto as importações caíram 4,5%, ante recuo de 7,9% em abril.

No Ibovespa, grande parte das ações das varejistas registram queda.

O setor destoa majoritariamente da divulgação do IPCA, que reforçou expectativas de que um controle maior da inflação, em conjunto com a atividade econômica firme, possa trazer o início antecipado do ciclo de flexibilização da política monetária.

Entre os destaques positivos do Ibovespa, Yduqs [YDUQ3] tem alta de 5,15%, Carrefour [CRFB3] também avança, a 4,01%, e Eneva [ENEV3] se valoriza com 3,36%.

Já o IRB [IRBR3] figura entre as maiores perdas, com 5,61%. MRV [MRVE3] também recua. a 4,91%, e CSN [CSNA3] registra queda de 2,57%, pressionada pela performance da balança comercial chinesa, que influencia no setor de mineração e siderurgia.

O dólar renovou mínimas cotado a R$ 4,90. O mercado cambial segue o fluxo de redução de posições pela quinta sessão seguida, devido à balança comercial ainda positiva no mercado interno, que garante o fluxo comercial favorável, e pela visão no exterior de que o ciclo de aperto nos EUA esteja próximo do fim.

🇧🇷 Ibovespa +0,62% (115.315)
💵 Dólar +0,08% (R$ 4,90)

Cotações registradas às 13h20

Commodities

Os contratos de petróleo operam em alta na sessão. A commodity avança apesar das preocupações com a demanda, que contrabalançam a promessa de corte da oferta pela Arábia Saudita.

O minério de ferro avançou 1,27% na bolsa de Cingapura, cotado a US$ 107,90 a tonelada.

🛢 Brent +0,85% (US$ 76,94)
🛢 WTI +1,00% (US$ 72,46)
🇨🇳 Minério de ferro +1,27% (US$ 107,90)

(Com Broadcast)

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