Ibovespa opera em alta, puxado por setor bancário estrangeiro e expectativa de novo arcabouço fiscal

O Ibovespa opera em valorização nesta segunda-feira (27), puxado pelas novidades no setor bancário externo e com o novo arcabouço fiscal no radar. O principal índice da B3 registra 999.822 pontos de máxima intradiária. 

Mais cedo, repercutiu a notícia de que os Estados Unidos estudam novas formas de evitar uma crise bancária mais profunda no país com objetivo de tranquilizar o setor, conforme reportado pela Bloomberg. 

Entre as medidas analisadas pelos agentes financeiros americanos, estaria a ampliação de mecanismos de empréstimos de emergência a bancos. 

O setor bancário no exterior também registra apetite ao risco desde cedo, ante o anúncio de um acordo do First Citizens Bank, um dos maiores bancos regionais dos EUA, para comprar o Silicon Valley Bank (SVB). A notícia vem mais de duas semanas após a quebra do SVB abalar os mercados financeiros globais. 

A transação envolve a venda de US$ 119 bilhões em depósitos e cerca de US$ 72 bilhões em empréstimos do SVB, com desconto de US$ 16,5 bilhões.

Cerca de US$ 90 bilhões em títulos do SVB permanecerão em liquidação judicial, segundo comunicado divulgado pelo Federal Deposit Insurance Corp. (FDIC), no domingo à noite. 

Embora o cenário no exterior seja otimista, as incertezas internas podem limitar os ganhos do Ibovespa. 

Agentes econômicos seguem atentos às conversas sobre o novo arcabouço fiscal.

É possível que a apresentação da âncora fiscal seja adiantada, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva adiar sua viagem à China em razão de uma pneumonia. 

O secretário-executivo do ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, disse hoje pela manhã que o arcabouço teve receptividade muito positiva do Congresso, e que Lula decidirá quando o projeto será divulgado.

Os papéis do Magazine Luiza [MGLU3] lideram os ganhos do Ibovespa e avançam 3,74%, em conjunto com Via [VIIA3] que avança 3,72%. O setor de varejo acompanha o viés positivo do mercado. Eletrobras [ELET3] também sobe, a 3,55%.

Entre os destaques negativos, CVC [CVCB3] recua 3,51% e  Cogna [COGN3], 2,70%, ainda refletindo o balanço da companhia, que, apesar de mostrar um resultado positivo, deixa dúvidas sobre a geração de caixa e a alavancagem.

Também em desvalorização, BRF [BRFS3] tem queda de 2,59%. 

O dólar mantém-se em baixa, cotado a R$ 5,23, em meio ao apetite por risco ante a compra do Silicon Valley Bank (SVB) pelo First Citizens Bank.

Os investidores globais reagem positivamente também aos sinais de autoridades dos EUA, que planejam ampliar linhas de empréstimos de emergência ao setor bancário, contribuindo para fortalecer as bolsas europeias e de Nova York.

🇧🇷 Ibovespa +0,66% (994.658)
💵 Dólar -0,24% (R$ 5,23)

Cotações registradas às 12h10

Commodities

Os contratos de petróleo operam em alta na sessão. O movimento estende os ganhos da semana passada, enquanto investidores aguardam dados americanos nos próximos dias. 

O minério de ferro avançou 0,4% na bolsa de Cingapura, cotado a US$ 120,15 a tonelada.

🛢 Brent +1,93%, a US$ 76,03
🛢 WTI +2,18%, a US$ 70,77
🇨🇳 Minério de ferro +0,4% (US$ 120,15)

Cotações registradas às 12h10 minério de ferro referente a Cingapura

(Com Agência Estado)

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