Ibovespa recua à espera de arcabouço fiscal e em reação a indicadores econômicos da China e EUA

queda IBOV

O Ibovespa opera majoritariamente em queda nesta quinta-feira (12), registrando mínima intradiária de 106.419 pontos. Investidores acompanham a possibilidade do Congresso tornar o arcabouço fiscal mais rígido. O índice também reflete a preocupação com a commodities e a economia da China.

A área fiscal está entre os principais drivers do dia. Agentes financeiros estão de olho na  possibilidade do Congresso acrescentar punições e travas de gastos caso as metas fiscais não sejam atingidas no projeto do arcabouço fiscal.

O relator do texto, deputado Cláudio Cajado, prevê ampla votação no Congresso, mas aguarda o Executivo e o presidente da Câmara, Arthur Lira, para a entrega e definição da votação. “O relatório não deve ser finalizado hoje”, afirmou Cajado.

Adicionalmente, o Senado aprovou, na noite de ontem (10), a medida provisória que altera regras para a fixação de preços usados em transações entre empresas relacionadas no Brasil e no exterior. O governo estima que a medida trará até R$ 23 bilhões em recursos para o caixa da União em 2024.

As ações ligadas a commodities, que ontem também tiveram perdas, seguem pressionadas ante novos dados das maiores economias do mundo. 

A China informou que seu índice de preços ao consumidor (CPI) teve alta mensal de 0,1% em abril, resultado bem abaixo das expectativas do mercado, o que causou preocupações relacionadas à recuperação econômica e à demanda do país.

Já nos Estados Unidos, a inflação ao produtor (PPI) subiu 0,2% em abril ante março, abaixo do consenso de 0,3%. Ontem (10), a inflação ao consumidor do país já havia surpreendido positivamente, o que ajudou a dar sustentação aos mercados norte-americanos.

Na Europa, o Banco da Inglaterra (BoE) elevou os juros em 0,25 ponto percentual, para 4,50%, e seguiu as expectativas do mercado.

Na agenda corporativa, as ações do Magazine Luiza [MGLU3] apresentam alta, cotadas a R$ 4,37, na sessão. Os papéis refletem a expectativa da companhia de receber R$ 1,01 bilhão por acordo com seguradoras e venda da LuizaSeg para NCVP.

Adicionalmente, a Light [LIGT3] se prepara para fazer, amanhã (12), um novo anúncio oficial a respeito da reestruturação de sua dívida, de mais de R$ 9 bilhões.

Destoando do humor local, BRF [BRFS3] tem alta de 4,28%, beneficiada pela queda contínua nos preços de milho e soja, Minerva [BEEF3] também avança, a 2,96%. O Goldman Sachs elevou a recomendação do frigorífico para “compra”, avaliando que os riscos de baixa já parecem precificados e que o papel representa a melhor relação risco-recompensa entre os pares do setor.

Entre os destaques negativos do índice, Alpargatas [ALPA4] recua em 4,93%, com investidores repercutindo um relatório do Citi que rebaixa a recomendação da empresa de compra para neutro, incorporando o fraco desempenho de quatro trimestres.

Lojas Renner [LREN3], e CSN Mineração [CMIN3], demonstram queda de 3,54%, e 3,09% respectivamente. 

O dólar avança, cotado a R$ 4,96. A valorização da moeda está em linha com a realização de lucros após dois dias de quedas seguidas, diante da valorização externa do dólar ante divisas emergentes.

Especialistas do mercado de câmbio afirmam que a demanda pela moeda cresce à medida que o petróleo amplia perdas intradia e por preocupações com a saúde da economia chinesa.

A desaceleração do CPI chinês levanta preocupação com a recuperação da segunda maior economia do planeta e indica que o governo chinês poderá precisar adotar novos estímulos para apoiar o crescimento econômico. 

🇧🇷 Ibovespa -0,27% (107.157)
💵 Dólar +0,56% (R$ 4,96)

Cotações registradas às 12h

Commodities

Os contratos de petróleo operam em baixa. O movimento ocorre em reação ao novo relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) sobre o mercado da commodity.

O minério de ferro recuou 3,7% na bolsa de Cingapura, cotado a US$ 99,50 a tonelada.

🛢 Brent -0,81% (US$ 75,78)
🛢 WTI –1,03% (US$ 71,81)
🇨🇳 Minério de ferro -3,7% (US$ 99,50)

(Com Broadcast)

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