Ibovespa recua ao patamar dos 101 mil pontos, com Selic e ações ligadas a commodities no radar

O Ibovespa opera em queda nesta Super-Quarta (03), registrando mínima intradiária de 101.433 pontos. O mercado mantém postura de cautela enquanto espera pela decisão do Copom, internamente, e do Fed, nos EUA, resultando em queda expressiva no preço do petróleo no mercado internacional.

Investidores brasileiros mantêm as decisões dos bancos centrais brasileiro e americano entre os principais focos. A expectativa é que às 18h (horário de Brasília) o Banco Central anuncie a manutenção da taxa Selic em 13,75%.

O boletim Focus, divulgado ontem (03) pelo BC, apontou a quinta alta consecutiva na projeção do IPCA no fim de 2023, de 6,04% para 6,05%.

Com a divulgação do Focus, ganhou força a perspectiva dos especialistas que projetam corte na Selic para o período de agosto ou setembro.

Por volta das 15h30 (horário de Brasília), o Fed anuncia sua decisão, cuja expectativa é de uma alta de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros, para 5,25%.

De acordo com a Bloomberg, a alta deve ser a última no atual ciclo de aperto monetário, mas com a inflação duas vezes acima da meta de 2%.

Além da decisão do comitê americano, o mercado ainda deve reverberar o relatório de emprego dos EUA (payroll), divulgado na próxima sexta-feira (05), cuja projeção é de desaceleração.

Na Zona do Euro, o BC europeu decide amanhã (04) o futuro da política monetária europeia. Os agentes financeiros também projetam uma alta de 0,25 ponto percentual na taxa básica do bloco.

Na agenda corporativa nacional, Taesa [TAEE11] anunciou que pagará dividendos remanescentes de R$ 26,048 milhões.

Entre os destaques do mercado interno, Klabin [KBLN11] figura entre as maiores altas do Ibovespa, com 5,01%, após reportar lucro líquido de R$ 1,2 bilhão no 1T23, alta de 44% na comparação com o mesmo período de 2022.

Via [VIIA3], e Magazine Luiza [MGLU3] também avança com 3,53%, e 2,78% respectivamente. O Safra cortou o preço-alvo de ambos os papéis, mas reiterou recomendação outperform (equivalente a compra) para ambas as companhias, indicando que há um potencial de valorização considerável em meio a um valuation atraente.

Na contramão, os papéis de Carrefour [CRFB3] apresentaram queda de 8,72%, reagindo ao prejuízo ajustado de R$ 375 milhões no 1T23. Na avaliação da XP Investimentos, o balanço da companhia veio “fraco”.

Assaí [ASAI3] também cai, a 6,00%, enquanto IRB [IRBR3] recua 5,92%.

O dólar opera em desvalorização, cotado a R$ 5,00. Os especialistas indicam que o mercado de câmbio opera em linha com exterior em meio a espera por mais uma alta de juros pelo Federal Reserve, e por uma possível interrupção do aperto a partir de junho. 

🇧🇷 Ibovespa -0,16% (101.759)
💵 Dólar -0,59% (R$ 5,00)

Cotações registradas às 12h20

Commodities

Os contratos de petróleo operam em queda na sessão. O movimento ocorre diante dos receios sobre o enfraquecimento da economia, combinada à turbulência no sistema financeiro, causando um possível prejuízo em relação à demanda do óleo.

Agentes também estão de olho no petróleo Brent, que tem mais um dia de forte queda no mercado internacional diante de renovados temores de recessão na economia dos EUA.

O minério de ferro recuou 1,3% na bolsa de Cingapura, cotado a US$ 100,80 a tonelada.

A desvalorização da commodity de ferro permeia entre as incertezas sobre perspectiva para a demanda. 

🛢 Brent -3,90% (US$ 72,38)
🛢 WTI -4,10% (US$ 68,72)
🇨🇳 Minério de ferro -1,3% (US$ 100,80)

(Com Broadcast)