Ibovespa retoma fôlego e sobe à espera do arcabouço fiscal e acordo sobre dívida dos EUA

O Ibovespa opera positivo nesta terça-feira (23). O principal índice da B3 registra máxima intradiária de 111.165 pontos. Investidores mantêm os olhos na tramitação da nova regra fiscal, que pode ser votada entre hoje e amanhã, enquanto aguardam mais informações sobre o teto da dívida americana.

O relator da regra fiscal na Câmara, Cláudio Cajado, afirmou que fará alterações no texto em trechos que criaram ruídos. De acordo com o deputado, uma das mudanças visará pôr fim à interpretação de que o governo vai aumentar as despesas públicas em R$ 80 bilhões além da estimativa inicial.

Cajado ainda afirmou que hoje deve ocorrer uma reunião de líderes partidários na residência oficial do presidente da Câmara, Arthur Lira, para definir a data de votação do texto.

No mercado global, o teto da dívida americana ainda sem acordo definido gera instabilidade, afetando inclusive o Ibovespa. O índice brasileiro chegou a testar queda no início do pregão, reagindo à falta de acordo após a reunião de ontem entre o presidente Joe Biden e o líder da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy.

Embora o sentimento seja de cautela, o presidente Biden reiterou que “o calote está fora de questão, e a única maneira de avançar é em direção a um acordo bipartidário”.

Enquanto isso, a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, alertou que é “altamente provável” que o país não consiga pagar suas contas até o início de junho se ações não forem tomadas.

Na agenda corporativa, o BMG [BMGB4] concluiu a aquisição de 5% do capital social da Granito Pagamentos, detido por acionistas minoritários, pelo valor de R$ 10 milhões.

Com isso, Banco Inter e Banco BMG passam a deter, cada um, 50% do capital social total e votante da Granito.

Figurando entre as maiores altas do Ibovespa, Dexco [DEXCO3] sobe 4,14%, após o Santander [SANB11] destacar que o Ebitda da companhia veio 12% melhor do que o projetado pelos analistas do banco.

Suzano [SUZB3] também avança, a 3,76%, após a companhia anunciar um reajuste de US$ 30 na tonelada de celulose para clientes da Ásia em junho.

No viés oposto, Usiminas [USIM5] tem queda de 2,93%, em reação à queda da commodity de referência, que pressiona todo o setor metálico. Vale [VALE3] também recua, a 1,78%, pelo mesmo motivo. 

O dólar renovou mínimas cotado a R$ 4,95. A desvalorização da moeda americana segue o fluxo positivo e otimista sobre a votação do arcabouço fiscal.

🇧🇷 Ibovespa +0,79 % (111.098)
💵 Dólar -0,06% (R$ 4,96)

Cotações registradas às 13h15

Commodities

Os contratos de petróleo operam em alta na sessão.  O movimento ocorre à medida que a perspectiva de um aperto na oferta se sobrepõe a preocupações com o impasse para a elevação do teto da dívida dos EUA.

O minério de ferro recuou 2,5% na bolsa de Cingapura, cotado a US$ 99,55 a tonelada.

🛢 Brent +1,58% (US$ 77,16)
🛢 WTI +1,79% (US$ 73,33)
🇨🇳 Minério de ferro -2,5% (US$ 99,55)

(Com Broadcast)

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