Ibovespa retoma fôlego em meio a crises bancárias e busca estabilidade na sessão; regra fiscal continua no radar

O Ibovespa opera entre perdas e ganhos nesta quinta-feira (16), com investidores olhando para os juros na Europa em meio às turbulências no setor financeiro, com a quebra do Silicon Valley Bank e a crise do Credit Suisse. O benchmark do mercado registra 103.460 na máxima intradiária. 

A decisão do Banco Central Europeu (BCE) sobre os juros no bloco da moeda única era o principal item da agenda global hoje. 

Mais cedo, a autoridade monetária confirmou alta de 0,5 ponto percentual na taxa de juros, para 3% ao ano. Parte do mercado esperava que a crise envolvendo o Credit Suisse fizesse o BCE mudar de ideia e pausar o aumento dos juros.

Em relação à crise do Credit Suisse, o Banco Central Europeu disse que está totalmente equipado para fornecer apoio de liquidez ao sistema financeiro da área do euro, se necessário.

O mercado segue acompanhando o desenrolar da situação do banco suíço e repercute a notícia de que a empresa vai recorrer ao banco central da Suíça para uma injeção de até 50 bilhões de francos suíços, ou cerca de US$ 53,7 bilhões.

Os investidores também esperam desdobramentos da crise do setor financeiro nos Estados Unidos, em razão da falência do Silicon Valley Bank.

No mercado interno, destaque para o desenho do novo arcabouço fiscal. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, ontem (15), que o projeto será apresentado apenas na semana que vem, antes de sua viagem à China.

O chefe de estado afirmou também que ainda não viu os detalhes do projeto, mas que vai se reunir com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Os papéis da Marfrig [MRFG3] lideram os ganhos do Ibovespa e avançam 10,92%, com investidores repercutindo um aumento nos casos de animais infectados pela peste suína africana (PSA) na China, que pode reduzir a produção de suínos ainda este ano no país.

JBS [JBSS3] e BRF [BRFS3] também apresentam alta respectiva de 7,53%, e 7,17% pelo mesmo motivo.

Entre os destaques negativos, SLC Agrícola [SLCE3] recua em 3,88%, e Taesa [TAEE11] registra queda de 2,95%, após reportar balanço do 4T22. Méliuz [CASH3] cai 2,91%, em reação à renúncia do diretor executivo da companhia. 

O dólar renovou máxima, cotado a R$ 5,30. O movimento de valorização da moeda americana está relacionado ao fortalecimento pontual do índice DXY em meio ao anúncio da elevação da taxa de juros em 0,5 ponto percentual pelo BCE. 

🇧🇷 Ibovespa -0,05% (102.627)
💵 Dólar +0,20% (R$ 5,30)

Cotações registradas às 12h

Commodities

Os contratos de petróleo operam em baixa. A commodity tem queda discreta e acumula desvalorização de mais de 12% em quatro dias, o que ajudou ontem a restabelecer apostas parciais em corte da taxa de juros no Brasil.

O minério de ferro recuou 2,9% na bolsa de Cingapura, cotado a US$ 128,35 a tonelada.

🛢 Brent -1,94% (US$72,25)
🛢 WTI -2,20% (US$ 66,14)
🇨🇳 Minério de ferro -2,9% (US$ 128,35)

Cotações registradas às 12h minério de ferro referente a Cingapura

(Com Agência Estado)

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