Ibovespa retorna ao patamar dos 100 mil pontos; ata do Copom e expectativas de nova regra fiscal são principais drivers

O Ibovespa opera em valorização nesta terça-feira (28), registrando 101.125 pontos de máxima intradiária, após a ata do Copom reiterar que as perspectivas para inflação não mudaram significativamente. Hoje, continua em foco a proposta do arcabouço fiscal preparada pelo governo federal.

Pelo início da manhã foi divulgada a ata da última reunião do Copom, na qual manteve-se a taxa Selic inalterada em 13,75% ao ano e cujo comunicado foi recebido como hawkish.

O documento não sinaliza o início da queda dos juros. Por outro lado, o Comitê de Política Monetária do BC afirmou que “a materialização de um cenário com um arcabouço fiscal sólido e crível pode levar a um processo desinflacionário mais benigno”.

O colegiado levou em conta a execução do pacote fiscal e a assegurou que seguirá acompanhando o desenho, tramitação e implementação do arcabouço fiscal. 

Após a divulgação da ata, as expectativas retornaram para a nova regra fiscal que o governo ainda não anunciou. O adiamento da viagem do presidente Lula à China contribuiu com a ansiedade.    

De acordo com matéria divulgada pelo jornal O Globo, o veículo indicou que parte do mercado teme que a proposta seja desidratada e que a demora do anúncio signifique mudança em pontos sensíveis.

Entre as oscilações de destaque, os papéis da Hapvida chegaram a disparar 17%, após a companhia informar que está analisando a realização de oferta pública subsequente de ações ordinárias e que a família Pinheiro, controladora da empresa, pretende participar da operação, colocando R$ 360 milhões.

Entre as maiores altas do Ibovespa, Hapvida [HAPV3] sobe 13,06%, Ambev [ABEV3], avança 5,74%.

No mesmo sentido, Qualicorp [QUAL3] registra alta de 5,03%, apoiada por rumores de que o fundador da empresa, José Seripieri Junior, teria iniciado conversas com a United Health Group (UHG), de olho na Amil, braço do grupo no Brasil.

Já no ritmo contrário, Méliuz [CASH3] tem queda de 3,96%, após o conselho aprovar o grupamento de ações. JBS [JBSS3] e MRV [MRVE3] recuam 2,68% e 2,74% respectivamente.   

O dólar renovou mínimas cotado a R$ 5,17. A desvalorização da moeda se ajusta à queda externa do dólar, com tensões menores sobre os setores bancários e apostas em uma possível pausa no aperto do Federal Reserve em maio.  

🇧🇷 Ibovespa +1,56% (101.224)
💵 Dólar -0,38% (R$ 5,17)

Cotações registradas às 12h

Commodities

Os contratos de petróleo operam em alta na sessão. A commodity avança após o maior rali diário desde outubro na sessão de ontem, quando subiu cerca de 5%, com redução das exportações do Iraque diante do confronto do país com sua região curda.

O minério de ferro avançou 1,8% na bolsa de Cingapura, cotado a US$ 122,65 a tonelada.

🛢 Brent +0,03%, a US$ 77,78
🛢 WTI +0,21%, a US$ 72,96
🇨🇳 Minério de ferro +1,8% (US$ 122,65)

Cotações registradas às 12h40 minério de ferro referente a Cingapura

(Com Agência Estado)

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