Ibovespa segue descolado de otimismo no exterior e recua, com preocupações fiscais no radar

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O Ibovespa fechou em queda nesta quarta-feira (23), descolado do otimismo verificado nos mercados internacionais. Investidores seguem monitorando as negociações relacionadas à PEC de Transição e sinais de um possível indicado para assumir o Ministério da Fazenda no governo Lula, cautela que motivou a continuidade no avanço dos juros futuros. O volume de negociações foi relativamente baixo na sessão, ficando inferior a R$ 30 bilhões.

O mercado segue na expectativa da apresentação da PEC, que, ao contrário do que foi noticiado ontem, deve ficar para amanhã ou sexta-feira. O montante de recursos fora do teto de gastos deve ficar em torno de R$ 175 bilhões, de acordo com integrantes da própria equipe de transição.

O dólar fechou em leve queda, após sessão com alta volatilidade. O movimento acompanhou a desvalorização da moeda americana ante seus principais pares no exterior, após uma mensagem considerada dovish, ou seja, de suavização no aperto monetário por parte do Fed.

Ainda assim, os riscos fiscais associados à PEC e à indefinição relacionada ao escolhido para a equipe econômica do novo governo chegaram a impulsionar a moeda para o nível de R$ 5,41. O mercado segue monitorando declarações relacionadas aos temas com cautela.

📊 Ibovespa 108.841,15 pontos (-0,18%)
💰 Volume R$ 23,6 bilhões
💵 Dólar R$ 5,3744 (-0,10%)

As maiores altas do dia foram Rede D’Or [RDOR3] e Marfrig [MRFG3], de 3,57% e 3,16%.

A Petrobras [PETR3; PETR4] se recuperou, após pregão volátil, e operou ao redor da estabilidade, apesar do recuo da commodity de referência no mercado internacional. De acordo com Pedro Galdi, da Mirae Asset, o movimento reflete um fluxo pontual diante do melhor humor nos Estados Unidos pós ata do Fed.

Os papéis PN [PETR4] da estatal tiveram alta de 0,47%, enquanto os ON [PETR3] tiveram avanço mais modesto, de 0,04%, ambos destoando dos principais pares do setor.

A CSN [CSNA3] e a CSN Mineração [CMIN3] chegaram a figurar entre os maiores recuos do dia, mas se recuperaram e fecharam com altas de 0,21% e 0,28%, respectivamente. O BTG Pactual rebaixou sua recomendação para os papéis das companhias para “neutra”, citando resultados operacionais e questões de alocação de capital abaixo das estimativas.

A Vale [VALE3], por sua vez, foi favorecida pelo dólar valorizado em relação ao real e subiu 0,99%, acompanhada por Gerdau [GGBR4] e Metalúrgica Gerdau [GOAU4], com avanços de 1,42% e 0,62%.

As seguradoras tiveram pregão positivo, impulsionadas pela perspectiva de alta dos juros futuros, movimento estimulado por temores relacionados à política fiscal interna. A SulAmérica [SULA11] marcou o terceiro maior avanço, com 2,95%, enquanto BB Seguridade [BBSE3] registrou ganhos de 2,41%.

Por outro lado, as construtoras foram pressionadas pela alta dos DIs e recuaram. Cyrela [CYRE3] fechou em queda de 2,96%, enquanto a EZTec [EZTC3] recuou 1,09%.

O setor de varejo, também sensível aos juros, também apresentou desempenho negativo, com Americanas [AMER3] figurando entre os maiores recuos do dia, com 5,36%. Natura [NTCO3], Grupo Soma [SOMA3] e Arezzo [ARZZ3] fecharam em queda de 4,20%, 4,32% e 3,51%, respectivamente. A única exceção foi Magazine Luiza [MGLU3], que avançou 1,20%.

Entre o restante das petrolíferas, PetroRio [PRIO3] recuou 0,56%, enquanto a 3R Petroleum [RRRP3] despencou 4,01%.

⬆️ Maiores altas do índice

🟢 RDOR3 +3,57%
🟢 MRFG3 +3,16%
🟢 SULA11 +2,95%

⬇️ Maiores baixas do índice

🔴 CVCB3 -7,22%
🔴 CIEL3 -6,82%
🔴 AMER3 -5,36%

(Com Agência Estado e BDM Online)

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