Ibovespa sobe acompanhando exterior e PIB mais forte que o esperado

O Ibovespa assume viés positivo novamente nesta quinta-feira (01), com 109.799 de máxima intradiária. A divulgação do PIB do primeiro trimestre de 2023 reverbera no índice, que também segue o bom-humor de NY ante a aprovação do teto da dívida americana.

O Produto Interno Bruto nacional cresceu 1,9% na comparação com os três meses anteriores, divulgou o IBGE, acima da projeção do Focus divulgada na segunda-feira (29), de alta de 1,26%.

No acumulado, o PIB subiu 3,3% ante os quatro trimestres imediatamente anteriores. Já em comparação ao primeiro trimestre de 2022, a alta foi de 4%.

Segundo o macroeconomista da Benndorf, Marco Ferrini, o crescimento forte surpreendeu bastante e se caracteriza como uma projeção otimista principalmente para aumentar a confiança dos agentes econômicos.

Entretanto, o especialista afirmou que o resultado tem grande influência da safra recorde de soja, exclusiva deste ano. Por isso, para ele é possível que ocorra uma diminuição desses efeitos para os próximos resultados.

De acordo com a ministra do Planejamento, Simone Tebet, as expectativas são otimistas. Durante uma conversa com jornalistas, ela declarou que o aquecimento da economia irá ocorrer sem gerar inflação, e tudo indica que o PIB crescerá mais de 2% ainda este ano.

Ainda no cenário interno, o avanço da proposta do novo arcabouço fiscal retira um fator de incerteza, dando mais uma perspectiva para o ritmo dos mercados locais.

Nos Estados Unidos, integrantes do Senado americano, de maioria democrata, expressaram desejo de que a aprovação do projeto lei do teto de dívida seja rápida.

Está prevista para hoje (01) a análise do projeto de lei referente ao teto da dívida governamental, que atualmente é de 31,4 trilhões de dólares, pelo Senado dos Estados Unidos.

Com apenas quatro dias restantes para aprovar essa medida e encaminhá-la ao presidente democrata Joe Biden para sanção, o objetivo é evitar uma situação de inadimplência e cenário catastrófico para a economia do país.

Na agenda corporativa, as ações da B3 [B3SA3] assumem o patamar de valorização, após o Citi, em relatório, estimar que o nível de volume e faturamento da Bolsa brasileira em maio atingiu o maior nível de 2023 até agora, em um mês de maior otimismo no mercado de ações.

Entre os destaques do mercado interno, Yduqs [YDUQ3] figura entre as maiores altas do Ibovespa, com 6,65%, impulsionada pelo cenário doméstico mais favorável devido à divulgação do PIB acima do esperado, que favorece empresas endividadas, como as de educação.

Locaweb [LWSA3] avança com 6,64%, enquanto MRV [MRVE3] sobe 4,27%.

No viés negativo, os papéis de Méliuz [CASH3] apresentam queda de 2,81%, em reação ao grupamento e desdobramento de ações da companhia aprovado por acionistas em 28 de abril deste ano.

Energisa [ENGI11] também cai, a 2,80%, assim como todo setor de elétricas, em função da valorização dos ativos locais, após o PIB ter vindo acima do esperado.  

O dólar renovou mínima cotado a R$ 5,02. O mercado de câmbio justifica a queda do dólar com a alta do PMI industrial da China em maio, que impulsionou minério de ferro e algumas commodities agrícolas, após a queda de preços recente, o que favorece a valorização de moedas emergentes, incluindo o real.

🇧🇷 Ibovespa +1,62% (110.090)
💵 Dólar -0,70% (R$ 5,02)

Cotações registradas às 12h57

Commodities

Os contratos de petróleo operam em alta moderada na sessão. A valorização da commodity ocorre devido ao PMI industrial chinês favorável e à aprovação pela Câmara dos Representantes dos EUA do projeto do teto da dívida.

O minério de ferro avançou 3,13% na bolsa de Cingapura, cotado a US$ 101,84 a tonelada.

🛢 Brent  +3,11% (US$ 74,88)
🛢 WTI +3,55% (US$ 70,55)
🇨🇳 Minério de ferro +3,13% (US$ 101,15)

(Com Broadcast)

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