O Ibovespa opera em alta nesta terça-feira (09), com máxima intradiária de 107.015 pontos. Investidores digerem dados de importação na China e monitoram uma possível recessão nos EUA após documento divulgado pelo Fed. A ata do Copom sustenta o apetite ao risco no mercado interno e reverbera mais intensamente no pregão.
O Comitê de Política Monetária do Banco Central manteve no documento o tom apresentado no comunicado da semana passada e voltou a dizer que “apesar de ser um cenário menos provável”, não hesitará em retomar a alta na taxa básica de juros caso a inflação acelere.
Os integrantes do colegiado discutiram também os impactos do cenário fiscal sobre a inflação e avaliaram que a apresentação do arcabouço fiscal “reduziu a incerteza associada a cenários extremos de crescimento da dívida pública”.
Na China, os dados da balança comercial de abril causaram temor. O volume de importação caiu 7,9%, enquanto a expectativa era de alta de 0,5%. Já as exportações aumentaram 8,5%, superando a previsão de avanço de 6%.
Já em Wall Street, repercute um documento do Federal Reserve divulgado ontem, o qual advertiu sobre a menor demanda por crédito em bancos desde 2009 e as primeiras pistas de uma crise. Dessa forma, o temor de recessão retornou ao foco dos investidores.
Ainda nos EUA, a dúvida sobre o teto da dívida elevou as preocupações. O presidente do país, Joe Biden, se encontra com líderes do Congresso hoje para uma possível direção a ser seguida.
Entre os destaques do mercado, Natura [NTCO3] figura entre as maiores altas do Ibovespa, com 11,18% de ganho, após o balanço do 1T23 mostrar melhora na rentabilidade.
Via [VIIA3] e Magazine Luiza [MGLU3] também avançam, com 8,59%, e 8,53% respectivamente.
Na contramão, os papéis de Tim [TIMS3] apresentaram queda de 4,28%, à medida que investidores digerem o balanço da companhia no 1T23. O Citi e o Credit Suisse destacaram as despesas da companhia com leasing como fatores “negativos” e que merecem atenção.
São Martinho [SMTO3] também cai, a 2,58%, enquanto Braskem [BRKM5] recua 1,66%.
A petroquímica prestou esclarecimento sobre a possível venda da companhia para a petrolífera Adnoc, dos Emirados Árabes Unidos. A notícia tem movimentado a bolsa brasileira desde a semana passada, quando as ações chegaram a subir cerca de 29,14%, a R$ 24,82.
O dólar volta a operar em baixa, cotado a R$ 5,00. A desvalorização da moeda americana decorre de uma pressão no ingresso do fluxo cambial. Especialistas afirmam que a sinalização do Copom e manutenção da Selic por um tempo considerável está servindo de atrativo aos estrangeiros.
🇧🇷 Ibovespa +0,70% (106.788)
💵 Dólar -0,13% (R$ 5,00)
Cotações registradas às 12h14
Commodities
Os contratos de petróleo operam em baixa na sessão, em reação aos dados da balança comercial da China. Os números aquém do esperado em importação e exportação suscitam preocupações quanto à demanda pela commodity.
O minério de ferro recuou 3,4% na bolsa de Cingapura, cotado a US$ 101,90 a tonelada.
🛢 Brent –1,34% (US$ 75,91)
🛢 WTI -1,42% (US$ 72,19)
🇨🇳 Minério de ferro -3,4% (US$ 101,90)
(Com Broadcast)