O PMI Industrial brasileiro subiu 2,3 pontos em abril e foi a 55,9 pontos, indicando as melhores condições operacionais desde julho de 2021. O aumento acentuado no volume de negócios impulsionou a produção e a criação de empregos, com as empresas também comprando insumos no maior nível desde setembro de 2021.
Os novos pedidos avançaram pelo quarto mês consecutivo e no ritmo mais acentuado em quase três anos. Por outro lado, o crescimento dos novos pedidos para exportação foi marginal, mas ainda foi melhor do que as reduções nos últimos 25 meses.
Os participantes da pesquisa relataram aumento de vendas para a Ásia, Europa, América Latina e EUA.
Como consequência do aumento dos pedidos, o volume de produção aumentou acentuadamente e a uma taxa mais rápida desde o final de 2020. Ademais, os empregos cresceram no ritmo mais acelerado em 21 meses e de forma acentuada em comparação com o restante da série histórica.
Outro fruto da demanda elevada foi a alta da inflação de preços da produção, que atingiu a máxima de 20 meses e facilitou o repasse para os consumidores. Ao mesmo tempo, os preços de venda subiram pelo quarto mês seguido.
Os fabricantes brasileiros mencionaram custos mais altos de commodities e transportes, juntamente com a escassez de alguns insumos e quebra de safra, para explicar o aumento nos custos. A taxa de inflação foi a mais forte em 20 meses, mas segue abaixo da sua média histórica.
Por fim, as condições de atividade melhores e o cenário benigno para a retomada industrial levaram o otimismo do setor ao nível mais elevado em três meses.
A atividade industrial recorde no início do segundo trimestre é um indicador bastante positivo e que reflete a retomada do setor em meio à conjuntura mais positiva de inflação controlada, juros em queda e aumento da demanda puxado pela queda do desemprego e salários mais altos.
Sendo assim, reiteramos nossas perspectivas positivas tanto para o setor industrial, como para o setor de serviços em 2024 tendo em mente essa melhora geral no cenário macroeconômico nacional.
Também ressaltamos que a indústria é a mais beneficiada pela queda dos juros e os segmentos de bens duráveis e bens de capital devem se destacar dentro das condições atuais e
esperadas para o ano.