O PMI Industrial do Brasil caiu 0,5 ponto em março e foi a 53,6, indicando uma taxa de expansão ainda forte e a segunda melhor desde julho de 2022.
No período, o volume de novos pedidos cresceu pelo terceiro mês seguido e à taxa mais forte desde julho de 2021. A recuperação foi generalizada nas três grandes áreas do setor industrial e liderada pelos bens de capital.
Além disso, a demanda interna foi quem puxou o número de pedidos à medida que os fabricantes continuaram relatando desafios para garantir pedidos internacionais, com fragilidades citadas na Ásia, Europa e América Latina.
Incentivados pela recuperação, os fabricantes aumentaram a produção no segundo ritmo mais rápido desde meados de 2021 e o empregocresceu à segunda taxa mais acelerada em 20 meses.
Em relação aos preços, houve aumentos leves nos custos de insumos e nos preços dos bens finais. Em ambos os casos as taxas de inflação permaneceram confortavelmente abaixo das máximas observadas entre 2020 e 2022.
Os participantes da pesquisa citaram custos maiores com frete internacional, metais, plásticos e têxteis.
Finalmente, as aquisições planejadas e a inauguração de novas fábricas, juntamente com o lançamento de novos produtos e investimentos, encorajaram as previsões otimistas para a produção nos próximos 12 meses. O índice indicou forte grau de otimismo.
Apesar da leve desaceleração no período, continuamos observando um resultado forte e surpreendente da indústria nacional, que continua amparada pela demanda interna e segue sua trajetória de retomada em meio ao cenário de desemprego mais baixo, aumento do rendimento real, inflação controlada e corte de juros.
Dito isso, esperamos que o setor continue em trajetória positiva ao longo do ano e seja um dos principais fatores de crescimento em 2024, especialmente as áreas mais elásticas aos juros.