Indústria brasileira contrai, mas mostra evolução

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O PMI Industrial brasileiro avançou 0,6 ponto para 49,4 em novembro, mas permaneceu em território contracionista pelo terceiro mês seguido. O movimento foi causado pela redução menor dos novos pedidos, produção e estoques de insumos, bem como por um aumento na criação de empregos.

Os novos pedidos caíram pelo terceiro mês seguido, mas a taxa de redução foi a menor desse período. As empresas que citaram queda nas vendas apontaram tendências adversas de demanda, o adiamento de pedidos e a impressão entre clientes de que os preços estavam altos demais como razões para a queda.

Ao mesmo tempo, dificuldades de precificação competitiva nos mercados externos prejudicaram as exportações. A queda nos novos pedidos de exportação foi uma das mais acentuadas dos últimos três anos e meio.

Diante das condições de demanda difíceis, os volumes de produção permaneceram em contração pelo terceiro mês consecutivo, mas em ritmo mais leve do que o registrado em outubro. Apesar disso, projeções otimistas para a demanda, a introdução de novos processos industriais e esforços de reestruturação levaram o número de empregos a crescer novamente e a uma taxa mais robusta em um ano.

No mais, os fabricantes relataram novos aumentos nos custos dos insumos, mas a uma taxa moderada e consideravelmente abaixo da média de longo prazo. Os itens que mais impactaram foram os produtos agrícolas, fertilizantes, metais, papel e plásticos. Consequentemente, após 7 meses de descontos, os fabricantes voltaram a subir seus preços de venda, mas a uma taxa insignificante para os padrões históricos.

Por último, as expectativas melhoraram e atingiram o nível mais alto em 4 meses graças às previsões de melhora nas condições de demanda, lançamento planejado de novos produtos, investimentos e expectativas de novos cortes nas taxas de juros.

Embora o setor tenha permanecido em contração pelo terceiro mês seguido, a taxa é apenas marginal e mostra uma evolução da indústria no período. De modo geral, observamos que os subindicadores são melhores e existem destaques positivos, como a manutenção da criação de empregos, uma taxa de inflação abaixo da média histórica e um grau mais alto de otimismo.

Sendo assim, mantemos as perspectivas de turbulência e oscilação no curto prazo para a indústria, com uma recuperação gradual no médio e longo prazo à medida que os juros caírem e as condições macroeconômicas avançarem mais. Nessa recuperação, o segmento de não duráveis deve liderar.

[Fonte: Benndorf Research]

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