Claro, em parceria com a USP e Fapesp, vai investir R$40 milhões em centro de pesquisa de IA e 5G
A Claro, a Universidade de São Paulo (USP) e a Fundação Amparo firmaram uma parceria que pretende impulsionar os estudos com inteligência artificial generativa, aquela que é capaz de aprender por conta própria ao longo do tempo, aliado à tecnologia 5G no Brasil. Os recursos serão utilizados para a criação de um laboratório na Cidade Universitária, localizada na capital paulista, e será composto por cerca de 100 pesquisadores e estudantes, que têm como missão a evolução de 40 projetos com foco nas áreas de indústria, agronegócio e automação das cidades.
A iniciativa vai de encontro com outros investimentos da empresa na área de soluções digitais e conectividade. Apesar de não ter ações presentes na bolsa brasileira, a controladora da Claro, América Móvil, tem seus papéis negociados na bolsa de Nova York (NYSE) e bolsa mexicana.
Evolução da AI nas bolsas mundiais
Nos últimos anos, a Nvidia tem se consolidado como um grande destaque no setor, com uma valorização de mais de 1400% em 5 anos, porém outros competidores ganharam tração no setor, como é o caso da competidora chinesa Huawei (Dinglong Culture), que, após cortes de semicondutores da Nvidia, por conta das sanções de exportação imposta pelo governo norte-americano, pretende impulsionar sua produção de chips de IA avançada com o intuito de preencher essa lacuna no mercado chinês.
Impacto nos mercados
De acordo com o analista de investimentos, João Tonello, esse movimento pode criar uma abertura para maior pulverização no setor. Mesmo com a Nvidia na vanguarda da evolução IA na bolsa, a restrição pode acelerar a fragmentação do mercado de semicondutores e beneficiar fabricantes em países não afetados por sanções, principalmente no mercado chinês.
“O movimento da Huawei visa autonomia tecnológica e pode criar novas cadeias produtivas locais. Há oportunidades em ações listadas em Hong Kong e Xangai ligadas a chips, nuvem, IA e infraestrutura 5G.”
Benefícios para o Brasil
O investimento de R$40 milhões tende a criar um polo de excelência em IA e 5G no Brasil, atraindo startups, fomentando parcerias público-privadas e incentivando novos projetos que podem gerar impacto direto em importantes setores da economia do país, como no agronegócio, cidades inteligentes e indústria 4.0 — setores com alto peso no PIB nacional.
Exposição ao setor de IA e conectividade
Ainda de acordo com João Tonello, “investidores podem se beneficiar indiretamente por meio de fundos como o KPTL, DOMO Invest, Redpoint e outros que investem em techs ligadas à IA e infraestrutura. Além disso, ETFs como o TECH11 (focado em tecnologia global) podem refletir essa expansão indiretamente.”
AI na bolsa
-Totvs (TOTS3): tem investido em automação e soluções baseadas em IA para ERPs e negócios;
-Weg (WEGE3): cada vez mais atuante em automação industrial;
-Positivo (POSI3): fornece infraestrutura e pode se beneficiar de parcerias educacionais e governamentais.
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