IPCA fica abaixo das projeções

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O IPCA de outubro apresentou alta de 0,24%, quarto mês consecutivo no campo positivo. Em setembro, a variação havia sido de 0,26%. No ano, o IPCA acumula alta de 3,75% e, nos últimos 12 meses, de 4,82%, abaixo dos 5,19% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Tanto na comparação mensal quanto anual o índice ficou abaixo das projeções.

No período, oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta, com destaque para os Transportes (0,35%) e Alimentação e bebidas (0,31%), ambos contribuindo com 0,07 p.p. O grupo Comunicação (-0,19% e -0,01 p.p.) foi o único em queda.

Como havíamos comentado, o grupo Transportes teve menos impacto do que o registrado no IPCA15 graças aos reajustes de preços da Petrobras. Ainda assim, o grupo foi muito influenciado pela alta de 23,7% da passagem aérea, subitem com maior contribuição individual no índice (0,14 p.p.). Já os
combustíveis (-1,39%) recuaram puxados pela gasolina (-1,53%), pelo gás veicular (-1,23%) e pelo etanol (-0,96%), enquanto o óleo diesel (0,33%) foi o único a avançar.

No grupo Alimentação e bebidas, a alimentação no domicílio subiu 0,27%, após quatro meses consecutivos de queda. Os principais destaques foram a batata-inglesa (11,23%), a cebola (8,46%) e frutas (3,06%). No lado das quedas o leite longa vida (-5,48%) e o ovo de galinha (-2,85%) tiveram as variações mais expressivas.

Nos casos da batata e da cebola, há uma redução da oferta causada pelo aumento das chuvas na regiões produtoras, que prejudicou a colheita. Já a alimentação fora do domicílio acelerou sua alta para 0,42%, em relação aos 0,12% anteriores, puxada pela refeição (0,48%) e pelo lanche (0,19%)

Apesar do impacto positivo do grupo Alimentação e bebidas, ainda vemos um resultado bom para o IPCA já que a alta do índice ficou abaixo do projetado pelo mercado. Para os próximos meses, esperamos que a queda do preço do barril do petróleo mantenha os combustíveis mais controlados e contribua também para a desaceleração dos preços das passagens aéreas.

Além disso, podemos voltar a observar altas nos alimentos à medida que as pressões deflacionárias perdem força e surgem impactos relacionados ao El Niño, cenário que já era esperado.

De modo geral, entendemos que a inflação continuará controlada, dando respaldo para o Copom seguir com os cortes de 0,5 p.p. mesmo com a instabilidade no cenário fiscal, e contribuindo para a retomada do consumo, que até o momento é bastante voltado para bens de necessidade básica e deve ganhar espaço nos segmentos discricionários menos dependentes do crédito.

[Fonte: Benndorf Research]

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