O Índice de Preços ao Produtor brasileiro avançou 0,29% em janeiro, primeira alta em 6 meses. Nos últimos 12 meses o acumulado é de 2,24%.
Em janeiro, 14 das 24 atividades investigadas apresentaram variações positivas de preço ante dezembro de 2022. As quatro maiores variações vieram de indústrias extrativas (9,62%), bebidas (5,3%), papel e celulose (-3,37%) e calçados e produtos de couro (-2,25%).
As principais contribuições positivas também vieram de indústrias extrativas (0,42 p.p.), influenciadas pela retomada chinesa, e bebidas (0,12 p.p.), bem como alimentos (0,12 p.p.), impactados pelo alto volume de chuvas e entressafra do açúcar. Já a negativa ficou com refino de petróleo e biocombustíveis (-0,18 p.p.).
No acumulado dos últimos 12 meses os setores com as maiores variações foram perfumaria, sabões e produtos de limpeza (16,66%); bebidas (16,54%); e impressão (16,07%). Por outro lado, os de maior influência foram alimentos (1,34 p.p.); outros produtos químicos (-1,32 p.p.); e refino de petróleo e biocombustíveis (0,79 p.p.).
O IPP volta a subir influenciado principalmente pela retomada chinesa e impactos negativos em algumas das principais commodities agrícolas.
O resultado é negativo não só para os produtores, mas principalmente para os consumidores, visto que os produtores não repassaram as reduções de custo dos últimos 5 meses, o que nos leva a crer que agora haverá repasse e pressionará ainda mais a renda disponível da população, resultando em mais alta da inflação, queda do consumo e aumento do endividamento e inadimplência, em linha com nosso cenário.