IPP dos EUA bate expectativas e segue como ponto de atenção

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Por Benndorf Research 

 

O Índice de Preços ao Produtor americano apresentou alta de 0,2% em agosto, ante julho. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o índice teve alta de 1,7%. O núcleo do IPP teve variações de 0,3% entre meses e 3,3% entre anos.

A alta de agosto pode ser atribuída em sua totalidade ao avanço de 0,4% nos preços dos serviços. O índice de preços dos bens ficou inalterado.

Após recuar 0,3% em julho, os serviços tiveram alta de 0,4%, sendo que quase 60% dessa variação é resultado do avanço de 0,3% do índice de serviços de demanda final, exceto comércio e transporte e armazenamento. As margens dos serviços de demanda final cresceram 0,6%. O índice dos serviços de transporte e armazenamento recuou 0,1%. Entre os produtos, o salto de 4,8% no aluguel de quarto de hóspedes foi o principal fator de impacto. Outros produtos, como atacado de maquinário e veículos, varejo de combustíveis automotivos e lubrificantes e varejo de móveis também cresceram.

Já do lado dos bens, o índice de bens de demanda final, exceto alimentos e energia teve alta de 0,2%, enquanto o índice de alimentos subiu 0,1% e o índice de energia recuou 0,9%. O produto de maior contribuição foram os cigarros não eletrônicos (2,3%). Os preços dos ovos de galinha, gasolina e óleo diesel também avançaram. Do lado negativo ficaram a querosene (-10,5%), carnes e energia elétrica.

O núcleo do índice segue bem distante da meta de inflação do país e permanece como um ponto de atenção que pode atingir a ponta final caso a demanda siga resiliente ou até mesmo cresça com o início do ciclo de expansão monetária. Sendo assim, reforçamos a expectativa de retorno da inflação à meta apenas em 2025 e seguimos no aguardo de mais dados de atividade, emprego e inflação para podermos avaliar de maneira mais precisa qual será a trajetória da política monetária americana nos próximos meses diante de um cenário marcado por incertezas sobre uma possível recessão e inflação ainda acima da meta. No mais, podemos ver alguma resistência nas curvas de juros futuros e certo impacto nos índices acionários, concentrados em segmentos mais elásticos à taxa básica.

 

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