O Itaú Unibanco [ITUB4] voltou a entregar um trimestre de resultados robustos, com lucro líquido recorrente de R$ 11,5 bilhões no segundo trimestre de 2025. O valor representa alta de 14% em relação ao mesmo período do ano passado e crescimento de 3% frente ao primeiro trimestre. O retorno sobre patrimônio líquido (ROE) atingiu 23,3%, e a margem financeira com clientes (NII) cresceu 15% no comparativo anual, impulsionada por um mix de crédito mais rentável e expansão do NIM para dois dígitos no Brasil, patamar que não era visto desde 2019.
Mais do que números sólidos, os resultados do 2T25 reforçaram a visão de longo prazo do BTG Pactual, que mantém o Itaú como sua única recomendação de compra (Top Pick) entre os grandes bancos brasileiros. “O poder de geração de resultados permanece forte. Estamos vendo o Itaú efetivamente ‘desligar o banco antigo’, com ganhos estruturais de eficiência e espaço para crescimento ainda maior”, escreveram os analistas Eduardo Rosman, Ricardo Buchpiguel e Thiago Paura, em relatório distribuído a clientes.
Por que o Itaú é a única Top Pick do BTG Pactual?
Segundo o BTG, o Itaú está passando por uma transformação profunda no custo de servir, com forte digitalização, uso intensivo de inteligência artificial e novos modelos de atendimento, especialmente no varejo. Esse movimento tem potencial para melhorar significativamente o índice de eficiência até 2028, permitindo ao banco crescer de forma sustentável sem sacrificar rentabilidade.
O ROE de 24,4% no Brasil, com destaque para o varejo superando o atacado pela primeira vez desde 2021, mostra que o banco está colhendo os frutos dessa transformação. Os analistas do BTG ressaltam ainda o índice de capital CET1 de 13,1%, que se mantém 150 pontos-base acima dos pares privados, e a maior proporção de capital tangível, o que dá ao Itaú maior resiliência frente a cenários desafiadores.
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Qualidade dos ativos e eficiência operacional sob controle
Mesmo com o aumento na formação de inadimplência, que chegou a R$ 9,4 bilhões, os indicadores de risco permaneceram sob controle. A inadimplência acima de 90 dias ficou estável em 2,3%, enquanto os índices de estágio 2 e 3 recuaram 10 pontos-base, segundo relatório do J.P. Morgan, assinado por Yuri Fernandes, Guilherme Grespan e Fernanda Sayao.
As provisões totalizaram R$ 9,7 bilhões no trimestre, cobrindo 102% da formação de inadimplência, e o banco continuou a entregar níveis elevados de cobertura e controle de risco.
Na frente de despesas, o índice de eficiência consolidado ficou em 38,8%, com o Brasil registrando 36,9%. Houve aumento nos gastos com pessoal e tecnologia, considerados positivos pelo BTG, pois estão alinhados à estratégia de modernização e digitalização do banco.
Revisão de projeções e espaço para reprecificação das ações
Diante dos resultados do 2T25, tanto BTG quanto JPMorgan revisaram para cima suas projeções para o Itaú. O banco agora espera crescimento de 11% a 14% no NII com clientes em 2025, frente à faixa anterior de 7,5% a 11,5%. O JPMorgan estima que essa revisão pode agregar R$ 1,1 bilhão ao lucro líquido do ano, cujo novo ponto médio é R$ 45 bilhões.
A manutenção de altos níveis de rentabilidade enquanto o banco acelera investimentos em tecnologia e experiência do cliente é um diferencial importante. Na visão dos analistas do BTG, esse desempenho pode gerar uma reprecificação positiva das ações ITUB4, hoje negociadas com desconto frente ao histórico.
Ações do Itaú (ITUB4) em foco: espaço para valorização
O mercado já começa a reagir. As ações ITUB4 acumulam valorização no ano e são vistas como uma oportunidade de crescimento sustentável em um setor ainda marcado por desafios macroeconômicos e concorrência intensa. O BTG acredita que, à medida que o Itaú consolida seu novo modelo operacional, o mercado pode reconhecer esse movimento com uma reavaliação positiva do papel.
Itaú colhe os frutos de sua transformação digital e BTG mantém confiança exclusiva
Com um semestre marcado por lucros crescentes, melhora operacional e sólida posição de capital, o Itaú reafirma sua posição como o banco mais eficiente entre os grandes players do setor. Para o BTG Pactual, o banco não apenas entrega resultados consistentes, mas está construindo um novo modelo de atuação, o que justifica sua posição como única Top Pick no setor bancário.