J.P. Morgan prevê queda nos preços do petróleo até 2026

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por Luís Gustavo Novais

 

Nesta quarta-feira (23), o J.P. Morgan divulgou, em relatório, sua análise para o setor de óleo e gás, prevendo queda nos preços do petróleo até 2026. A previsão se dá em decorrência do aumento da incerteza na política comercial e por uma mudança notável na estratégia de produção da Opep+.

Na visão do banco, os preços da commodity podem atingir a média de US$ 66/boe em 2025 e US$ 58/boe em 2026.

Recentemente, a Opep+ decidiu aumentar em 411 mil barris por dia para maio, um incremento de produção consideravelmente maior do que o inicialmente planejado. Tal decisão, somada à incansável guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo, Estados Unidos e China, teve impacto direto nas projeções feitas pela instituição financeira.

“O aumento dos volumes de produção da aliança OPEP+, juntamente com a demanda global mais fraca, resultou em um grande excedente, exercendo pressão de baixa sobre os preços”, informaram os analistas do J.P. Morgan.

Análise técnica

Com base na análise técnica de Filipe Borges, analista da Benndorf Research, não se esperam grandes movimentações para o petróleo este ano. Borges observa que o petróleo tem oscilado dentro de um leve canal de baixa desde 2022. Houve uma aceleração para baixo recentemente, impulsionada pela iminente recessão decorrente de medidas tomadas por Trump no último mês. No entanto, o preço já está retornando ao seu intervalo anterior.

Assim, a expectativa de Filipe Borges é que o petróleo se mantenha entre US$ 65/boe e US$ 77/boe ao longo deste ano, faixa em que tem se estabilizado nos últimos meses com a normalização do mercado. Ele acredita em uma leve recuperação, seguida por estabilidade nessa faixa de preço até o final do ano.

[Fonte: ProfitPro – Filipe Borges]

Petrolíferas sofrem, mas não é terra arrasada

Ainda segundo informações divulgadas no relatório do banco americano, com a queda nos preços do petróleo, as ações das empresas ligadas à commodity tiveram um impacto profundo, levando o banco a reavaliar todo o setor. O resultado foi a redução de preços-alvo de 1,5% a 16,7% para estas companhias.

Contudo, ainda que os papéis apresentem um desempenho inferior, os analistas do J.P. Morgan enxergam oportunidades no setor.

“Apesar dessa desaceleração, acreditamos que existem oportunidades para investidores criteriosos que se concentram em empresas com baixos custos de produção e histórias convincentes de baixo para cima”, afirmaram.

A preferência dos analistas ficou com Petrobras [PETR4] e Prio [PRIO3], que, segundo o banco, demonstram capacidade de manter a lucratividade por meio de operações com baixo custo e fortes narrativas de crescimento.

“Essas empresas se destacam como oportunidades de investimento atraentes, oferecendo um grau de estabilidade e potencial de valorização, mesmo que o mercado mais amplo enfrente ventos contrários, em nossa opinião”, finalizaram os analistas.

 

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