Com 50% de valorização desde maio, a Kepler Weber [KEPL3] apresentou os pilares centrais de sua tese de investimento no Investor Day da companhia, realizado na manhã desta quarta-feira (06), na sede da B3. “A empresa está ‘redonda’”, aprovou Max Bohm.
O estrategista de investimentos da Nomos destaca, além do caixa líquido da empresa, as perspectivas positivas para o segundo semestre no que tange a investimentos por parte de cooperativas, agroindústria e proprietários rurais.
Estes últimos seguraram um pouco os investimentos em silos de armazenagem no primeiro semestre, mas agora têm retomado os pedidos – fomentando a expectativa por resultados melhores da Kepler Weber no terceiro e quarto trimestres, diz Max.
“Gostei de saber também que a empresa está buscando novos serviços para serem ofertados.” Do aluguel de silos de armazenagem à venda de peças, as novas frentes podem contribuir para a melhora de margens, diversificação de receita e novos modelos de negócio que devem começar a ser mais representativos no faturamento da empresa.
A Kepler também está de olho em aquisições. “Ela tem um caixa líquido”, então consegue ir com capital próprio em busca de aquisições que agreguem valor em tecnologia e inovação.
Os planos da Kepler
Os pilares centrais da tese apresentada no Investor Day dividem-se em três. O primeiro cenário foca na tendência global, e frisa o crescimento populacional, aumento da classe média e maior consumo de proteína animal ao redor do globo.
O segundo panorama é refere-se à agricultura brasileira, sobre a qual a companhia aposta no protagonismo brasileiro para produção e exportação de alimentos e no aumento da produtividade.
Por fim, a Kepler aposta no déficit de armazenagem e na necessidade de evolução da infraestrutura de escoamento da produção agrícola como campo para crescimento das atividades da companhia.
“Em linhas gerais, eu gostei bastante do evento, me sinto confortável em mantê-la na carteira hoje”, sintetizou Max.
O especialista é responsável pela Carteira Max Ações, portfólio com 4% de alocação em KEPL3. Ele vê bom potencial na companhia, “considerando que é uma Small Cap ainda”, e segue construtivo com a tese de investimento para o longo prazo.
A Kepler entrou para o Novo Mercado há alguns meses, visto por analistas como chancela à governança da companhia. Citi e XP Investimentos são os únicos big players com cobertura para KEPL3 até a publicação desta matéria, ambos com recomendação de compra.
O que o gráfico desconta
Apesar da forte valorização de KEPL3 neste ano, o analista técnico da Benndorf Research Filipe Borges não vê região de compra atrativa para swing trade com o papel.
“O ativo já está em por expansão de Fibonacci em 100% e coincide com uma região de resistência nos R$ 11,60 mais ou menos.”
Para novas operações de compra – já que o ativo está em tendência de alta – ele recomenda aguardar correção entre R$ 10,50 e R$ 10. Já para os traders posicionados e com intenção de manter KEPL3, “eu deixaria o stop abaixo de R$ 10,78 pra proteger a posição”.
Caso KEPL3 rompa os R$ 11,80, R$ 11,90, o alvo ficaria na região dos R$ 13.
Promovido pela Nomos Investimentos
Desenvolvida por Max Bohm, a carteira Max Ações é composta por 15 a 20 ações, contemplando três grupos de empresas: Large Caps, pagadoras de dividendos e Small Caps, ao que ele chama de Tripé do Valor.