As bolsas da Europa operam em alta moderada nesta sexta-feira (01). Investidores avaliam sinais da economia da região, em quadro também de expectativa pelo relatório mensal de empregos (payroll) dos Estados Unidos, que sai às 9h30. Os futuros de Nova York sobem à espera dos dados. Além disso, declarações de diretores de bancos centrais seguem em foco.
O presidente do Federal Reserve (Fed) de Atlanta, Raphael Bostic, e o economista-chefe do Banco da Inglaterra (BoE), Huw Pill, participaram nesta manhã de painel em evento do BC da África do Sul. Outros diretores do Fed falam ao longo do dia, enquanto o vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, discursa às 13h.
Entre os indicadores divulgados hoje, o índice de gerentes de compras (PMI) da indústria da Zona do Euro avançou de 42,7 em julho a 43,5 na leitura final de agosto. Analistas ouvidos pela FactSet projetavam 43,7.
O resultado é a máxima em três meses, mas o relatório destaca que o PMI “segue sob pressão intensa”, ainda bem abaixo da marca de 50, que separa contração da expansão da atividade.
Na Alemanha, o PMI da indústria subiu de 38,8 em julho a 39,1 na leitura final de agosto, a segunda mais fraca desde maio de 2020. Além disso, o PMI continua abaixo da marca de 50.
Já o PMI do Reino Unido caiu de 45,3 em julho a 43,0 na leitura final de agosto. O resultado é o menor em 39 meses e o PMI segue abaixo da marca de 50, mas o número veio um pouco acima da previsão de 42,5 dos analistas ouvidos pela FactSet.
Os números da indústria da região, portanto, seguiam fracos. No atual contexto, porém, a atividade fraca pode ser benéfica para o controle da inflação e permitir trajetória menos dura da política monetária, o que tende a apoiar o mercado acionário. Em meio aos dados, as bolsas europeias firmaram ganhos, em geral contidos.
A Oxford Economics destacava, em comentário a clientes, a fraqueza do PMI da Zona do Euro, mas via alguns sinais potenciais de que o índice possa ter alguma reação diante de seus níveis mais fracos recentes.
A consultoria ainda mencionava os dados do PIB da Itália, que mostraram mais cedo avanço de 0,4% no segundo trimestre, na comparação anual, mas com contração também de 0,4% ante o trimestre anterior.
A Oxford Economics diz que a demanda doméstica pesa no PIB italiano, mas afirma que não espera contração econômica no terceiro trimestre, embora afirme que os riscos à previsão para o país são de baixa.
As bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em alta, à exceção de Hong Kong. Em geral, estímulos ao setor imobiliário da China colaboraram para apoiar o humor, após Pequim reduzir a entrada mínima para a compra da primeira e da segunda residências da população local.
Por aqui, o IBGE divulga, às 9h, o resultado do Produto Interno Brasileiro (PIB) no segundo trimestre e, às 15h, os números da balança comercial em agosto. Também hoje, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, e o secretário do Tesouro, Rogério Ceron, participam de painéis na Expert XP.
Brasília deve seguir em foco no mercado local, após a apresentação do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) de 2024 na véspera.
O texto prevê que as emendas impositivas no ano que vem somarão R$ 37,6 bilhões, conforme documento da apresentação do Ministério do Planejamento. A quantia é 14% superior aos R$ 28,9 bilhões considerados este ano, um incremento de R$ 8,7 bilhões.
Na apresentação, o ministério destaca que 9% das despesas de 2024 serão obrigatórias e que 8% serão discricionárias. A expectativa é a de que, em breve, técnicos da Pasta e do Ministério da Fazenda concedam uma entrevista coletiva para detalhar o PLOA.
Desempenho dos principais índices às 7h50:
🇺🇸 S&P Futures +0,35%
🇬🇧 FTSE +0,67%
🇩🇪 DAX -0,04%
🇺🇸 Nasdaq +0,18%
🇫🇷 CAC +0,33%
🛢 Petróleo Brent +1,24%
🛢 Petróleo WTI +1,27%
💵 Índice Dólar -0,05%
🇺🇸 S&P VIX -1,62%
💰 Bitcoin -0,08%
💲 Ethereum -0,15%
(Com Broadcast)