Max e Tonello dão call de compra para CPFE3 e PLPL3

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Os analistas Max Bohm e João Tonello compartilharam suas visões sobre o desempenho de TRPL4, ELET3, KLBN11, CPFE3, EQTL3, PLPL3 e POMO4 na live do Ação e Reação desta semana, realizada na última segunda-feira (28), no canal da Nomos TV

CPFL Energia [CPFE3]

Call de compra

Em termos de valuation, a companhia, que responde por 15% do market share de distribuição de energia do Brasil, talvez seja o papel mais barato do setor elétrico, por sua combinação “sensacional” de múltiplos com dividend yield, de acordo com Max. 

O papel negocia a 5,5 vezes EV/Ebtida – indicador que relaciona o valor da companhia (EV) e o seu Ebitda (geração de caixa) –, abaixo de Eletrobras [ELET3], Isa Cteep [TRPL4] e Equatorial [EQTL3], que também estão presentes nas indicações do dia.

CPFE3 também negocia a 7,5 vezes Preço/Lucro – relação entre o preço atual de uma ação dividida por seu lucro –, e tem 9% de yield projetado para este ano, “um múltiplo em conta”.

Max aponta que a CPFL é uma empresa relevante que não tem só distribuição, como geração renovável de energia. 

“CPFL é uma das estrelas da carteira de dividendos, para mim é compra”, afirmou.

Indo na mesma direção, Tonello ressalta que CPFE3 está interessante nos gráficos, mostrando absorção “muito boa” a região de R$ 31, que é de suporte.

Desempenho semanal de CPFE3 em 27 de maio de 2024. [Fonte: TradingView/João Tonello]

Esse padrão com absorção traz chance alta do papel puxar preço para cima, então o analista vê comprar imediatas para bater uma parcial e tirar o risco. 

“Se ela vai tentar fazer um fundo arredondado, a gente não sabe”, ponderou. “Ela pode tentar ir direto, mas chegando em cima a gente tem um espacinho para pegar a parcial, tirar o risco operacional.”

Ele sugere compras em R$ 34,84, e parcial em R$ 35,88. O alvo fica em R$ 39.

Plano e Plano [PLPL3]

Call de compra

Grande destaque no ano passado no setor de Real Estate, Plano e Plano negocia a quatro vezes EV/Ebitda, e 5 vezes Preço/Lucro. O ativo cai 11% no mês, e 12% no ano.

Por fundamento, Max gosta do papel. A empresa atua inclusive na baixa renda, que provavelmente vai ser muito incentivada pelo governo no Rio Grande do Sul, beneficiando o papel no médio e longo prazo.

Concordando, Tonello destaca que PLPL3 está em posição de compra, mas com risco. Não há tendênciade repique ou algum setup de compra para longo prazo pela análise técnica. 

Desempenho diário de PLPL3 em 27 de maio de 2024. [Fonte: TradingView/João Tonello]

O analista recomenda trabalhar operações de compra em R$ 9,91, com realização parcial em R$ 10,21, alvo em R$ 10,91 e stop loss em R$ 9,34. 

Klabin [KLBN11]

Esperar momento

Max relembra o Klabin Day, no final de 2023, quando o management falou muito sobre investimentos, o que assustou os investidores, por comprometer o Capex dos próximos anos.

Naquele dia, o papel caiu bem, mas foi se recuperando e hoje registra 6% de alta no ano. Negociando a 7 vezes EV/Ebtida, e 12 vezes P/L, “não é um papel de graça, mas também não é caro”.

O analista gosta da resiliência de Klabin, que tem um gráfico “muito legal” no qual a empresa mostra o quanto tem crescido trimestralmente em Ebitda durante vários anos. A partir desse gráfico, ele diz como é impressionante o quanto Klabin cresce. 

Já na análise técnica, Tonello afirma que é momento de esperar. Há uma movimentação de tentativa de defesa de uma LTA – linha de tendência de alta –, mas o mercado ainda tem espaço de correção para um retorno comprador. 

Desempenho semanal de KLBN11 em 27 de maio de 2024. [Fonte: TradingView/João Tonello]

Para entrar, o analista prefere aguardar um candle verde, defendendo a LTA, rompendo a região de suporte. Assim como Klabin, o ativo está marcando essas máximas desde 2021.

“Eu prefiro tentar pegar pela LTA, fazer uma parcial e chegar aqui em cima mais tranquilo”, explicou.

Equatorial [EQTL3]

Esperar momento

Há muito tempo, Max afirma que EQTL3 foi a queridinha dos gestores de ações, por ser referência em termos de eficiência e crescimento.

A companhia, que responde pela distribuição no Maranhão e no Pará, continua entregando bons resultados, mas hoje seu valor externo está mais esticado. Ela é bem mais cara que os pares, negociando a 8 vezes EV/Ebitda, e entrega yield de 5%. 

“Na minha visão, eu não teria, porque acredito que CPFL é muito melhor que Equatorial nesse momento”, frisou. 

No gráfico mensal, Tonello destaca que EQTL3 é um ativo “interessantíssimo”, que raramente apresenta falha de pivô no longo prazo. Teoricamente, ele prossegue, neste mês o papel formaria esse pivô. 

Desempenho mensal de EQTL3 em 27 de maio de 2024. [Fonte: TradingView/João Tonello]

“Para compras acima de R$ 32, me chama muito a atenção”, salienta. “Esse setup não falha desde 2020, praticamente.”

Este é um setup “muito forte” para o ativo, mas Tonello ressalta que ele precisa confirmar por meio do rompimento de R$ 32,04, que ainda não aconteceu.

Marcopolo [POMO4]

Possível gatilho de compra

POMO4 negocia com múltiplos “bem interessantes”, 4,5 vezes EV/Ebitda e 5,5 vezes Preço/Lucro, segundo Max. Além disso, a companhia recentemente recebeu upgrade de alguns bancos e corretoras, então o preço alvo é próximo de 12 vezes. POMO4 paga 5% de yield.

“Ou seja, tem um bom upside a ser aproveitado em Marco Polo, que atravessou um período muito complicado ali na pandemia”, acrescentou.

A empresa ressurgiu, prossegue, com “ótimo dever de casa feito”, focado em rentabilidade. Ao mesmo tempo, a operação não era alavancada, conseguindo se recuperar nos últimos dois anos. 

“Na combinação de valuation, fundamento da companhia, balanço sólido, potencial de valorização, para mim é compra”, argumentou.

Tonello também vê a ação com bons olhos para movimentação de longo prazo. Ele também destaca que POMO4 está no preço, para quem quiser entrar.

Desempenho diária de POMO4 em 27 de maio de 2024. [Fonte: TradingView/João Tonello]

“A parcial está em R$ 7,27, a alta em R$ 7,78, e o stop está em R$ 6,77”, sugeriu.

Isa Cteep [TRPL4]

Não é momento

A companhia antes concentrava seus ativos em São Paulo, expandiu o portfólio e hoje tem ativos no Brasil todo, respondendo por 30% da transmissão de energia do país, de acordo com Max. 

Negociando a 7 vezes EV/Ebitda e 9 vezes Preço/Lucro, é intermediária quando se trata de preços do setor. Porém, o analista continua, entrega 8% de yield.

“É um belo papel para quem gosta de dividendos, e quer defesa para o portfólio”, afirmou. “Na minha visão de fundamento, TRPL4 é compra.”

Nos gráficos, Tonello aponta que o ativo está passando nesse momento por uma movimentação bastante lateral, indecisa. Não há vendas, e é neutro para compras. 

Desempenho semanal de TRPL4 em 27 de maio de 2024. [Fonte: TradingView/João Tonello]

“O papel está em um momento comprador interessante no mercado, justamente porque  está trabalhando em pivô de alta, em movimentações altistas”, explicou.

Ele ressalta que o ativo tentou fazer pivô de alta, absorveu um pouco deste pivô, recuou, mas está muito confortável na lateralização.

Eletrobras [ELET3]

Não é momento

Para Max, ELET3 pode ser uma das maiores oportunidades no setor elétrico, visto que no mês cai 4% e no ano cai 14%.

A ação mostra grande atratividade em termos de fundamento. Uma das mais baratos do setor, ela negocia a 6 vezes EV/Ebitda e 7 vezes Preço/Lucro, além de pagar 8% de yield.  

“Além disso, ao analisar Preço/Valor Patrimonial, estamos falando de um papel que negocia abaixo do patrimônio, 0,7 vezes”, destacou.

Graficamente, ELET3 está parecido com TRPL4, mas na Eletrobras há ainda mais lateralidade. Segundo Tonello, essa movimentação é bastante comum quando se trata de ações de dividendos.

Desempenho semanal de ELET3 em 27 de maio de 2024. [Fonte: TradingView/João Tonello]

O mercado está marcando pivô de baixa, se perdeu em R$ 36,20, e tem espaço para mais quedas. Mas é assim desde 2021, ressalta o analista.

“São praticamente três anos que o ativo trabalha lateral, ficando entre R$ 30,00 e R$ 47,00”, concluiu.

 

Assista à live completa:

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