Max e Tonello dão possível gatilho de compra para PRIO3

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Os analistas Max Bohm e João Tonello compartilharam suas visões sobre o desempenho de PRIO3, CLSA3, BPAC11, CSED3, EMBR3 e SIMH3 na live do Ação e Reação desta semana, realizada na última segunda-feira (11), no canal da Nomos TV

Prio [PRIO3]

Possível gatilho de compra

O preço batido por PRIO3 na semana passada, de R$ 40, pode ser um bom ponto de entrada no papel, visto que saiu de cerca de R$ 48, de acordo com Max. No cenário externo, o preço do petróleo também caiu também, indo de US$ 85 a US$ 77. Porém, logo passou de R$ 80 novamente. 

O analista destaca que a companhia divulgou bons resultados operacionais, além de negociar a 3 vezes EV/Ebitda – “um múltiplo até mais baixo que Petrobras [PETR3;PETR4]”. Nesse patamar de preço, e por fundamento, ele sugere compras.

Apesar de não ter entradas graficamente, Tonello aponta que gosta de PRIO em relação ao petróleo Brent, que cria oportunidades de entrada no ativo em períodos de baixa da commodity, o que ele vê com bons olhos. 

Desempenho de 30 minutos de PRIO3 em 10 de junho de 2024. [Fonte: João Tonello/TradingView]

Atualmente, o Brent faz uma movimentação de barra vermelha ignorada, com o mercado puxando o petróleo para baixo de maneira forte. Sendo assim, o analista acredita que a commodity deve bater nas regiões intermediárias entre R$ 83 e R$ 84, “preço mais justo para o petróleo, e muito mais confortável que a casa de R$ 70″. 

Por enquanto, ele destaca que PRIO3 não chama tanto a atenção pelo lado técnico, mas acredita que valha a pena por fundamentos. 

“Eu só acho que a gente tem que esperar os dados que vão sair essa semana, que são muito importantes e podem balizar muito o nosso mercado”, argumentou. “Se a gente tiver dados muito ruins internos também pode impactar negativamente o Ibovespa”.

Ainda assim, caso a ação passe de R$ 41,36, ele indica entrar em PRIO3, pois seria justamente o momento que o IBOV tentaria voltar a subir com um pouco de aceleração de Petrobras, Vale, e novos dados da China. 

ClearSale [CLSA3]

Possível gatilho de compra

Segundo Max, ClearSale [CSLA3] tem passado por uma volatilidade absurda, visto que subiu 20% na última sexta-feira (11) e chegou a cair 10% na segunda, fechando o dia em baixa de mais de 6%. 

O analista ressalta ainda que há rumores que a empresa está prestes a ser vendida para a Serasa Experian. A fonte é o Brazil Journal, que publicou uma reportagem afirmando que a companhia está em fase de negociação. 

Clearsale teve um bom resultado no primeiro trimestre, mostrando mudança no na geração de caixa, com Ebitda positivo depois de muito tempo. Sendo assim, Max acredita que a companhia possui fundamentos bons, já que está sendo monitorada por grandes compradores que veem valor no negócio antifraude, bastante utilizado por varejistas em e-commerce.

“Estamos esperando esse evento para capturar o ativo”, afirmou.

Nos gráficos, o ativo rompe uma longa LTB – linha de tendência de baixa – que muda um pouco o cenário do ativo, de acordo com Tonello. CLSA3 já tinha alcançado essa média de tendência, mas não ganhou força, e depois acabou acelerando para baixo.

Desempenho semanal de CLSA3 em 10 de junho de 2024. [Fonte: João Tonello/TradingView]

Depois, o papel ganhou a média de tendência, conseguiu acelerar e voltar para testar a média e acelerou. O analista explica que o ativo segue a mesma ideia de PRIO3, mas com gatilho de compra em R$ 9,03.

BTG [BPAC11]

Esperar momento

“Esse papel dispensa comentários, pois a empresa vem mostrando resultados sensacionais”, disse Max. Ao mesmo tempo, ele frisa que os fundamentos estão cada vez mais destoando do preço, que tem caído, deixando a ação atrativa.

Atualmente, o banco vale R$ 120 bilhões, e negocia com Preço/Lucro abaixo de 10 vezes, porque entrega mais de 12 bilhões de lucro. O Preço/Valor Patrimonial é negociado a menos de 2,5 vezes.

Ainda que veja o banco como caro em relação a seus pares, Max aponta que o BTG tem mostrado resultados fortes há alguns trimestres, crescendo o lucro acima de 10% na comparação anual.

Graficamente, os pontos de suporte que chamam atenção de Tonello ficam nas regiões de R$ 29,30 e R$ 29,20. O analista realizou uma operação de long & short comprando BPAC11 e vendendo XPBR31, e ganhou 8%. 

Desempenho semanal de BPAC11 em 10 de junho de 2024. [Fonte: João Tonello/TradingView]

Em sua opinião, ele teria mais ganhos caso colocasse INBR32 no lugar de BPAC11, pois o BTG fez pivô de baixa no fim de maio, e segue em movimentos de queda um atrás do outro. 

“Eu não sou comprador de BPAC11”, frisa. “Prefiro esperar BPAC11 retomar movimentações de R$ 32,74.”

Embraer [EMBR3]

Esperar momento

Destaque nacional do ano, EMBR3 avança 74% em 2024, depois de notícias envolvendo contratos de venda de aeronaves. Além disso, o dólar alto beneficia a companhia, segundo Max.

Porém, o analista pontua que é um papel que já está esticado, negociando a 22 vezes Preço/Lucro, e 9,5 vezes Ev/Ebitda. 

Tonello conta que comprou EMBR3 há dois meses, e no primeiro mês não subiu tanto. Em contrapartida, em maio, foi uma das ações que mais se destacou, subindo mais de 20%.

Desempenho diário de EMBR3 em 10 de junho de 2024. [Fonte: João Tonello/TradingView]

O jato de transporte nas guerras foi “muito fora da curva” e trouxe resultados que vão continuar, à medida que o dólar sobe de maneira “interessante”.

“Eu gosto, mas a gestão de risco para essa operação é muito dolorida, são quase 10% de stop”, ponderou. Ele sugere esperar para ver como o mercado vai se comportar em breve. Ao mesmo tempo, sugere que quem já possui as ações na carteira as mantenha, visto que o mercado está forte. 

Simpar [SIMH3]

Esperar momento

Na segunda, Simpar bateu a mínima desde setembro de 2020, “quando estávamos trancados, no auge da Covid-19, sem saber o que fazer”, ressaltou Max.

Ainda que a dívida da empresa tenha triplicado, sua receita também triplicou, e a margem Ebitda permaneceu estável entre 33% e 35%. “O que eu acho que a empresa tem que fazer agora é reduzir esse custo médio de dívida que está machucando muito”, argumentou. 

Ele diz que é necessário que Simpar venda ativos para desalavancar e se recuperar, por isso toda a receita dos últimos quatro anos vai embora com a dívida absurda, e que gera um custo médio muito alto, que pode ficar ainda maior já que a Selic terminal deve estacionar em 10,25%.

Já Tonello sugere que é melhor esperar algum sinal técnico pelo gráfico diário antes de fazer compras, pois a movimentação depende de dados operacionais e econômicos dos Estados Unidos, caso aconteça uma desaceleração. 

Desempenho semanal de SIMH3 em 10 de junho de 2024. [Fonte: João Tonello/TradingView]

“Pode ser que o Fed inicie o corte de juros mais cedo”, ponderou. 

Por outro lado, o que pode fazer o papel ignorar o macro e chamar a atenção dos investidores é Fernando Simões decidir fazer algo parecido com o que Ambipar [AMBP3] fez, vendendo ativos para diminuir a alavancagem, de acordo com Max. AMBP3 subiu 20% depois do anúncio. “Se a Simpar fizer isso, nós já temos o gatilho que estamos procurando”, concluiu Max. 

Cruzeiro do Sul [CSED3]

Não é momento

Para Max, a empresa de educação parece muito bem gerida. Após seu IPO, demorou para fazer a primeira aquisição, mas, quando fez, comprou uma universidade do Paraná focada em medicina, custando em torno de R$ 184 milhões. O ativo negocia a 6 vezes Preço/Lucro.

“Parece redonda. Então, por fundamento, não tenho nada contra”, ponderou.

De acordo com Tonello, o mercado se mostra bastante lateral nos gráficos, com uma região de resistência bem marcada em R$ 5,39, não evoluindo muito a partir disso. Dessa forma, ele ficaria de fora do papel.

Desempenho diário de CSED3 em 10 de junho de 2024. [Fonte: João Tonello/TradingView]

“Eu não vejo compras imediatas no ativo. Prefiro realmente dar uma segurada na movimentação de eventual compra no mercado”, concluiu.

 

Assista à live completa:

 

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