A taxa de desemprego foi de 7,6% no trimestre encerrado em janeiro, apresentando leve alta na comparação com os 7,4% registrados nos três meses imediatamente anteriores, mas também ficando abaixo das projeções do mercado de 7,8%.
No período, a população desocupada computou expansão de 2,5% e foi a 8,3 milhões, enquanto a população ocupada recuou 0,5% da máxima histórica para 100,5 milhões de pessoas. A taxa composta de subutilização teve alta de 0,3 p.p. para 17,6%, saindo da mínima de quase 9 anos.
No mais, o número de trabalhadores com carteira assinada permaneceu estável em 38 milhões, recorde da série histórica, e o número de trabalhadores sem carteira assinada também não apresentou alteração e ficou em 13,4 milhões. Já a taxa de informalidade apresentou recuo marginal para 39%.
Por último, o rendimento real habitual foi de R$ 3.078, um aumento de 1,5% em relação ao trimestre móvel imediatamente anterior. Do mesmo modo, a massas de rendimento real cresceu 1,2% e chegou a R$ 305,1 bilhões, renovando o recorde da série iniciada em 2012.
É natural que o mês de janeiro impacte negativamente o cálculo de desemprego em virtude do encerramento das vagas de trabalho temporárias que são criadas para o período de fim de ano.
Dito isso, observamos uma taxa de desemprego menor do que a esperada pelo mercado e, apesar de alguns subindicadores apresentarem números piores, ainda temos resultados recordes no número de empregados com carteira assinada e na massa de rendimento real, mostrando certa resiliência do mercado de trabalho nacional.
Portanto, vemos o resultado como positivo e mantemos a perspectiva da retomada das quedas na taxa de desemprego à medida que há um cenário favorável previsto para 2024 com inflação controlada, cortes de juros e retomada dos setores de serviços e industrial.