O metal preferido dos bancos centrais

O Bank of America diz que o ouro pode chegar a 3 mil dólares, o que significa uma alta de 25% do preço atual. Já o UBS prevê o ouro em 4 mil dólares nos próximos anos, ou seja, quase 70% de alta.

O preço do metal acelerou ao longo das últimas semana após as primeiras ameaças de uma escalada militar entre o Irã e Israel, mas as projeções futuras vão além do conflito.

Afinal, quem tá comprando tanto ouro? Porque, pelos dados atuais, não é gente comum, pessoa física comprando fundos ou ETFs que representam o ouro na bolsa, pelo contrário. O fluxo para esses veículos que representam o ouro está negativo. Mesmo com o preço do ouro subindo!

Algo sugere que as compras acontecem não só em outras praças como, ainda, o ouro comprado é físico, a barra de ouro.

A primeira coisa que vem à memória é a febre atual das barrinhas de ouro da varejista Costco. Com aproximadamente 2 mil dólares, você compra uma barrinha de 28 gramas. Para uma geração de americanos que nunca viu inflação, isso deve explicar parte dessa corrida. Mas eu não me arriscaria julgar.

A Costco está vendendo até US$ 200 milhões em ouro e prata por mês, de acordo com uma análise do Wells Fargo.

De toda forma, essa corrida pelas barrinhas não é suficiente pra puxar a demanda global do metal físico, que já sobe mais do que 15% só este ano.

Então quem tá comprando tanto ouro físico? E aqui começa uma história que se tem pouquíssimos dados revelados. E tem a ver com gente muito maior do que o senhorzinho no Texas chegando em casa com barrinhas de ouro acompanhado das compras do mês.

Depois da guerra entra Rússia e Ucrânia, os Estados Unidos bloquearam todas as reservas internacionais da Rússia. Foram 500 bilhões de dólares. Existe alternativa para países evitarem o confisco frente ao aumento das tensões geopolíticas? Existe, e comprar ouro parece ser uma delas.

De quem são as maiores reservas internacionais? Resposta: China, num valor que deixa a Rússia insignificante. A China possui mais do que 3 trilhões de dólares em reservas internacionais. É o maior país estrangeiro detentor do Treasury americano. Nem a China, nem outros países querem confisco e, por isso, “diversificam”.

Outro gatilho para impulsionar a demanda por ouro é o desejo de outros países também buscarem independência monetária, com menor dependência do padrão dólar para o comercio internacional.

A Rússia, Índia, países árabes e alguns africanos já comercializam com a China em yuan. O Mercosul, ano passado, colocou na mesa a ideia de uma moeda única latina.

Além do desejo de alforria monetária, os EUA perderam alguns pontos na competição de reserva de valor. A secretária do Tesouro Janet Yellen já não conta com a classificação AAA (triple A) na sua dívida, que recentemente ultrapassou 100% do PIB anual.

Dá para se expor nessa corrida do ouro de algumas formas. Uma mais especulativa e outra alocativa.

Para quem quer surfar a crista da onda, os ETFs IAU e GLD na XP Internacional fazem bem o seu objetivo. Aqui no Brasil, opte pelo GOLD11.

Para saber mais sobre a XP Internacional

Ou, ainda, minha opção preferida é uma recomendação do nosso analista Max Bohm. É a empresa Aura Minerals [AURA33], uma mineradora de ouro e cobre focada no desenvolvimento de projetos e operações nas Américas. Dentre esses projetos, três são no Brasil.

 

Mapa de projetos de mineração de ouro e cobre da Aura Mining.

A Aura negocia com desconto implícito das suas reservas de 14% em relação ao preço do ouro. A empresa possui balanço suficiente (~0,6x dívida líquida/EBITDA em 2023) para alocar capital com sucesso em projetos atuais e novos de alto retorno (ex: Almas e mais recentemente Borborema).

A Aura Minerals é uma posição relevante na Max Small Caps. Outras empresas dentro do portfólio contam com valorizações potencial expressivas dado o cenário atual e a carteira já.

Para saber mais sobre a Max Small Caps

 

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