É muito comum os investidores ficarem nervosos em períodos eleitorais. Afinal de contas, não se sabe qual será o novo governo e se, nele, haverá novidades e incertezas. Pelo menos, é assim que as conversas correm no mercado financeiro brasileiro.
Os números mostram fenômenos interessantes. O comportamento das últimas eleições no Ibovespa (nosso principal índice acionário) é dado pelo Gráfico 1 entre 6 meses antes e 6 meses depois das eleições (tecnicamente, 6 meses antes do 1º turno e 6 meses depois do 2º turno – quando houve).
Em 2002, no primeiro governo Lula, houve a maior queda pré-eleição do Ibovespa, sinalizando uma preocupação com aquele pleito específico e uma potencial guinada na condução econômica de nosso país. Em todos os demais anos, de 2006 a 2022, não houve nenhuma variação digna de nota, além da volatilidade (sobes e desces) natural dos mercados.
Já em relação aos 6 meses posteriores à eleição do novo governo, nos anos de 2002, 2006 e 2018 (respectivos aos mandatos Lula 1 e 2 e Bolsonaro 1) foram os períodos pós-eleitorais mais positivos, com ganhos entre 15 e 30% na média.
Há também a percepção de que a volatilidade dos mercados sobe em períodos eleitorais. Vamos aos dados no gráfico 2 abaixo.
As evidências de que os períodos eleitorais aumentam a volatilidade (e o risco percebido) da bolsa são mistos. Tivemos 4 períodos nos quais houve aumento da volatilidade relacionado às eleições, e três outros nos quais a volatilidade foi baixa, em linha com um mercado normal, sem grandes eventos acontecendo. No primeiro grupo, tivemos 2002 (Lula 1), 2014 (Dilma 1), o Impeachment (incluído aqui como um ‘evento eleitoral’) da Dilma, e 2018 (Bolsonaro 1). Já no segundo grupo, 2006 (Lula 2), 2010 (Dilma 1) e 2022 (atual eleição) mostraram (ou estão mostrando) período
Independentemente de quem seja seu candidato, como cidadão, aproveito o momento para pedir que vote com consciência. Digo isso principalmente em relação ao Congresso Nacional (Senador e Deputado Federal) que você irá ajudar a eleger. Não faça como muitos, que deixam para última hora e, a caminho da votação, decidem seus candidatos. Por mais que Lula, Bolsonaro (ou quaisquer outros postulantes ao Palácio do Planalto) movam as massas e paixões de parte a parte, eles não têm o maior poder em relação à definição e manejo do Orçamento Federal. Esse poder é do Congresso Nacional, e quem comporá a próxima legislatura, na humilde opinião desse autor, terá maior impacto sobre sua vida e os destinos da nação do que Lula ou Bolsonaro efetivamente terão.
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