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O setor de turismo lidou com duras perdas com a chegada da pandemia. No total, o prejuízo do setor somou entre março de 2020 e janeiro de 2021 um total de US$ 243 bilhões, segundo dados do Ministério do Turismo.
Para o fim deste ano, no entanto, as expectativas são mais positivas: com o avanço da vacinação e a flexibilização das restrições, mais pessoas estão buscando opções para passar a virada do ano viajando.
O turismo brasileiro deve terminar o ano com crescimento de 16% e faturamento de R$ 130 bilhões, de acordo com dados do levantamento do Conselho de Turismo (CT) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
É verdade que o crescimento ainda fica 22% inferior ao registrado no período pré-pandemia e os desafios ainda são grandes, mas já é um avanço diante das circunstâncias – especialmente
E a demanda também dá sinais de melhora: entre setembro e novembro, as buscas de voos no Viajala, buscador de passagens aéreas, aumentaram 64%, em relação ao mesmo período do ano passado.
E os preços também subindo acompanhando a alta nas buscas: as passagens nacionais tiveram alta de 37% entre setembro e novembro, na média, enquanto as internacionais tiveram alta de 20% no preço médio em relaçao ao mesmo período.
Somando a alta demanda e preços mais altos, é preciso avaliar o custo-benefício para decidir o destino de uma viagem de fim de ano.
Por isso, a pedido do InfoMoney, o pesquisador de voos Kayak separou os destinos nacionais e internacionais mais buscados na plataforma, e os respectivos preços médios das passagens.
A metodologia considerou o período de buscas de 1º de outubro a 22 de novembro para viagens a serem realizadas entre 27 de dezembro e 03 de janeiro de 2022.
A tecnologia da plataforma permite simular um preço médio considerando partidas de todos os aeroportos do país em direção ao destino mencionado.
Confira o ranking organizado pelos preços médios das passagens no período:
Destinos Nacionais
Destinos nacionais | Buscas 2021 x 2019 | Preço Médio da passagem por pessoa | Preço Médio 2021 x 2019 |
1. João Pessoa, PB | 338% | R$ 2.046,00 | +2% |
2. Maceió, AL | 382% | R$ 2.042,00 | +17% |
3. Natal, RN | 356% | R$ 1.983,00 | +9% |
4. Porto Seguro, BA | 423% | R$ 1.688,00 | +5% |
5. Fortaleza, CE | 284% | R$ 1.552,00 | -4% |
6. Recife, PE | 410% | R$ 1.550,00 | -12% |
7. Salvador, BA | 288% | R$ 1.331,00 | -2% |
8. Florianópolis, SC | 322% | R$ 1.228,00 | -16% |
9. Rio de Janeiro, RJ | 216% | R$ 1.053,00 | -6% |
10. São Paulo, SP | 164% | R$ 982 | -2% |
Embora a passagem mais cara para o período selecionado seja de João Pessoa, vale ressaltar que a maior variação de preço comparando com o período pré-pandemia é a passagem para Maceió, com altas de 17%.
Outro movimento que pode ser observado é que o volume de buscas em cidades como Recife e Florianópolis para o Reveillón foi significativo, porém, os preços médios apresentam quedas de 12% e 16%, respectivamente.
Diante do aumento dos preços, uma boa saída é procurar destinos alternativos.
“Se todos vão para o Nordeste e para o Natal Luz, pode ser um bom momento para conhecer Belo Horizonte, Curitiba, Belém, Manaus, Bonito, serras como a Serra da Canastra, chapadas como a das Mesas, a dos Veadeiros, etc. Rotas alternativas também proporcionam menos gastos e menos aglomeração”, avalia Thomas Allier, CEO e um dos fundadores do Viajala.
Destinos internacionais
Veja:
Destinos internacionais | Buscas 2021 x 2019 | Preço Médio | Preço Médio 2021 x 2019 |
1. Paris, IL, FR | 328% | R$ 7.559,00 | +13% |
2. Lisboa, LI, PT | 292% | R$ 7.206,00 | -4% |
3. Nova York, NY, US | 155% | R$ 6.484,00 | -9% |
4. Madrid, MD, ES | 398% | R$ 6.447,00 | -7% |
5. Cancún, QR, MX | 433% | R$ 5.856,00 | -9% |
6. Miami, FL, US | 77% | R$ 5.718,00 | -23% |
7. Orlando, FL, US | 74% | R$ 5.373,00 | -32% |
8. Montevideo, MO, UY | 127% | R$ 3.489,00 | +27% |
9. Buenos Aires, DF, AR | 211% | R$ 2.400,00 | -10% |
10. Santiago, RM, CL | 325% | R$ 1.950,00 | -14% |
Na categoria de destinos internacionais para passar a virada do ano, apenas dois destinos tiveram alta no preço médio da passagem na comparação com o período pré-pandemia: Paris (13%) e Montevideo (27%).
É possível viajar?
O turismo doméstico vem ganhando mais força, com a circulação mais agilizada, e é apontado pelos especialistas como principal motor de recuperação do setor.
Mas com o avanço da vacinação no Brasil e em outros locais do mundo, já houve muitas flexibilizações e aberturas de fronteiras o que possibilita também a entrada de brasileiros em diversos países com o comprovante de vacinação e/ou resultado negativo. Estados Unidos, Reino Unido, Espanha, Suíça, México, Colômbia, entre outros países, recebem brasileiros vacinados.
Em relação à volta ao Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou na última semana a recomendação de que seja exigida a vacinação completa de estrangeiros para entrada no Brasil, mas a sugestão enviada à Casa Civil há cerca de duas semanas ainda não foi adotada pelo governo federal.
A recomendação da Anvisa é que viajantes que cheguem por via aérea devem ter a vacinação completa e realizarem um teste PCR ou de antígenos na chegada ao país. Aqueles que não tiveram tomado a segunda dose da vacina, devem ficar em quarentena, fazer um teste depois de cinco dias e permanecer isolados até o resultado negativo.
Para além disso, outra notícia recente vem preocupando alguns viajantes: a variante ômicron. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a probabilidade de a ômicron, nova variante do coronavírus, se disseminar pelo mundo é alta.
Identificada inicialmente na África do Sul, a ômicron fez disparar o número de infecções e óbitos no país e já foi encontrada no Reino Unido, na Alemanha, na Bélgica, na Itália, na Holanda, na Áustria, na Dinamarca, na República Tcheca e em Portugal.
Porém, a OMS afirma que a implementação de medidas restritivas de viagens não é recomendada.
“A OMS recomenda que os países continuem aplicando uma abordagem científica e baseada no risco ao implementar medidas (de restrição) de viagem”, disse Lindmeier em uma coletiva de imprensa da ONU em Genebra.
Diante da situação é importante checar as regras locais de entrada em cada país, bem como a situação sanitária diante do momento.
Mesmo dentro do Brasil o receio já foi suficiente para que algumas capitais do Nordeste como Salvador (Bahia), Fortaleza (Ceará) e Palmas (Tocantis) cancelassem os eventos de Réveillon deste ano – em todos os casos eventos que contariam com milhares de pessoas.
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