Os perigos da IA, quando vender uma ação e mais: o que Buffett falou no último sábado

Berkshire Hathaway 2024 conferência anual

Aconteceu no último sábado (04) a conferência anual da Berkshire Hathaway, holding de investimentos dirigida por Warren Buffett. Além de comentar sobre estratégias de investimento, como de praxe, o chamado Mago de Omaha discorreu sobre inteligência artificial, vendas de ações e previsibilidade do cenário macroeconômico em uma arena lotada na cidade do estado americano de Nebraska. 

A head de investimentos internacionais da Nomos, Bruna Alleman, esteve presente no evento, e reportou ao TradeNews seus principais destaques do discurso de Buffett. Confira:

Warren Buffett no encontro anual da Berkshire em Omaha, Nebraska. [Foto: Scott Morgan/Reuters]

Tecnologia

Ao falar sobre a importância crescente da inteligência artificial no mundo dos negócios, Buffett mencionou preocupação em torno do potencial impacto negativo dessa tecnologia sobre certos setores. Ele comparou a tecnologia de rápido crescimento ao desenvolvimento da bomba atômica, dizendo que ambos poderiam ter consequências devastadoras na sociedade, se usados de forma incorreta.

Alocação

O chairman da Berkshire Hathaway também comentou a recente venda das ações da Apple para aumentar a liquidez de caixa. Buffett aproveitou para elogiar publicamente a companhia, dizendo que a Apple é “um negócio ainda melhor” do que American Express e Coca-Cola, duas outras grandes posições no vasto portfólio de ações da holding.

A Berkshire vendeu cerca de 13% de sua gigantesca participação na Apple nos primeiros meses de 2024, ficando com US$ 135,4 bilhões em ações da fabricante do iPhone no final de março.

O mago de Omaha discutiu também a importância de bancos e instituições financeiras para o portfólio. “Ele observou que essas instituições pagam dividendos significativos e têm retornos sólidos sobre o patrimônio”, narra Bruna. 

Bruna Allemann na conferência anual da Berkshire Hathaway. [Fonte: Arquivo pessoal]
A Berkshire investe principalmente nos Estados Unidos, onde vê melhores oportunidades de crescimento. De acordo com Buffett, é raro a companhia investir fora do país, mas a holding tem investimentos na China, os quais visam os propósitos de buscar lucro e proteger os acionistas.

Nesse mesmo tópico, ele defendeu a importância de evitar investimentos fora dos Estados Unidos, a menos que haja uma oportunidade clara e promissora. Buffett e o falecido Charlie Munger só venderam investimentos importantes duas vezes nos EUA, relata a executiva da Nomos.

Estratégia

“A filosofia de investimento de Buffett continua focada em encontrar boas oportunidades e se concentrar no presente, ao invés de se preocupar excessivamente com o passado ou o futuro”, resumiu Bruna Allemann. 

Buffett e Munger discutiam muito sobre a experiência da Berkshire Hathaway em empresas de distribuição de proventos, prossegue ela, destacando como Munger foi lembrado em quase todas as respostas do mago de Omaha. “A prudência, a visão de longo prazo e a importância da boa gestão foram temas recorrentes.” 

Ao comparar o retorno sobre investimento de grandes empresas americanas em diferentes períodos, o executivo e investidor mencionou que, em 1999, o retorno sobre investimento para as 500 maiores empresas dos EUA era similar ao dos tempos atuais.

Ademais, o chairman da Berkshire listou algumas razões para vender participações acionárias, como a necessidade de dinheiro ou a percepção de que uma ação não é mais um bom investimento. Apesar de ter pontuado a necessidade de avaliar as razões com cuidado antes de tomar uma decisão, ele especificou que não há regra, “você simplesmente sabe se for um bom gestor dos seus próprios investimentos”.

Macroeconomia

Mesmo o lendário Buffett admite as dificuldades de prever quais serão as principais empresas no futuro. O jogo dos negócios não é tão fácil quanto parece, e as empresas de topo hoje podem não ser as mesmas no futuro.

O megainvestidor afirmou que, de todo modo, é importante estar preparado para agir quando outros estão paralisados em tempos de incerteza. Complementarmente, Buffett enfatizou que não se concentra em eventos passados ou tenta prever o futuro.

A Berkshire Hathaway foi uma “rede de segurança” para muitas empresas durante crises como a de 2008, assentiu. Isso porque o mago se concentra em “o que pode ser feito a cada dia” e em encontrar boas oportunidades de investimento continuamente.

 

(Com informações do The Wall Street Journal)

 

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