Ouro dispara acima de US$ 3.600 e renova recordes com apoio de bancos centrais e Fed no radar

ouro bate recorde

O ouro atingiu novos recordes históricos nesta segunda-feira (8), ultrapassando a marca de US$ 3.600 por onça e acumulando valorização de quase 38% em 2025. O movimento reflete dados fracos do mercado de trabalho nos Estados Unidos, que reforçam apostas em cortes de juros pelo Federal Reserve, além da demanda contínua de bancos centrais em um cenário de incertezas globais.

Segundo dados de mercado, a cotação à vista alcançou US$ 3.616 no intradia, ampliando o rali iniciado em 2024, quando a commodity já havia subido 27%. Os contratos futuros projetam que o metal pode atingir US$ 3.700 por onça até 2026, sustentados por um dólar mais fraco, tensões geopolíticas e maior diversificação nas reservas oficiais.

A China tem sido protagonista nesse movimento. Em agosto, o Banco Popular da China completou o 10º mês consecutivo de compras, elevando suas reservas para 74,02 milhões de onças, equivalentes a US$ 253,8 bilhões. Com isso, a participação do ouro nas reservas cambiais chinesas chegou a 7,64%, novo recorde, ainda abaixo da média global de aproximadamente 15%, o que indica espaço para novas aquisições.

Esse comportamento não é isolado. Desde o início da guerra entre Rússia e Ucrânia, as compras de ouro por bancos centrais cresceram cinco vezes, levando os estoques oficiais mundiais a ultrapassarem os títulos do Tesouro dos EUA pela primeira vez desde 1996.

O relatório do BTG Pactual, assinado pelos analistas Leonardo Correa e Marcelo Arazi, destaca que o metal tem se beneficiado não apenas da perspectiva de cortes de juros nos EUA, mas também de preocupações sobre a independência do Fed, déficits fiscais persistentes e a escalada das tensões geopolíticas. O banco ressalta que as compras oficiais seguem sendo a principal força por trás da alta contínua, em linha com a chamada estratégia de desdolarização.

[Fonte: Metal Focus, BTG Pactual]

A visão dos analistas permanece construtiva para o ouro, com espaço para valorização adicional diante de riscos elevados e da necessidade de diversificação das reservas globais. Segundo o BTG, essa tendência favorece empresas como a mineradora Aura Minerals [AURA33], que deve ampliar ganhos com preços mais altos.

Na revisão de estimativas mark-to-market, o BTG elevou a projeção de EBITDA da companhia para 2026 de US$ 660 milhões, considerando o ouro a US$ 3.200, para US$ 782 milhões, no cenário de US$ 3.600. A ação da Aura, negociada a múltiplos de 0,7 vez P/NAV, está descontada em relação a pares globais que operam perto ou acima de 1 vez, segundo a análise.

Contexto global favorece continuidade da alta

Com déficits fiscais crescentes nos EUA, pressões geopolíticas e fluxo consistente de compras oficiais, o ouro deve seguir no radar como ativo de proteção. Para os investidores, a combinação de fundamentos sólidos e maior procura institucional reforça a expectativa de que a trajetória ascendente do metal não deve parar tão cedo.

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