Ouro só na medalha? Veja quanto ganha um atleta olímpico brasileiro

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Rebeca Andrade ganhou medalha de prata na competição individual geral de ginástica artística feminina na última quinta-feira (02). Além do prêmio concedido pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB), medalhistas como a ginasta estão sujeitos a outras possibilidades de faturamento. 

Via de regra, a bolsa que o Governo Federal destina a desportistas olímpicos brasileiros está entre R$ 3.473,00 e R$ 16.629,00. Esse valor vem do programa Bolsa-Atleta, que é gerido pelo Ministério do Esporte e destinado a esportistas de alto rendimento. 

As bolsas variam de R$ 410,00 por mês a R$ 16.629,00 por mês; tal variação se dá de acordo com a categoria do competidor, indo de “atleta estudante” até “atleta pódio”. A assistência dura 12 meses, podendo ser renovada a critério do Ministério do Esporte.

De acordo com publicação no Diário Oficial, Rayssa Leal, a fadinha do skate, faz parte do programa de incentivo do governo desde 2022. Ela recebe atualmente R$ 15.000, por estar entre os 20 primeiros no ranking olímpico – ou mundial – de sua modalidade. 

Essa, porém, não é a única forma de remuneração àqueles que desejam representar o Brasil nas Olimpíadas.

O Ministério da Defesa, em conjunto com o Ministério do Esporte, administra o Programa Atletas de Alto Rendimento (Paar), responsável por incorporar esportistas às Forças Armadas, fornecendo instalações esportivas militares para treinamento, bem como os benefícios comuns aos demais servidores: salário, férias e assistência médica. 

Na semana que precedeu as Olimpíadas de Paris 2024, os holofotes se voltaram para um dos participantes do Paar. Fernando “Balotelli” Ferreira, representante brasileiro no decatlo, viralizou após expor em suas redes sociais reclamações a respeito do material de competição fornecido pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt). 

 


Em nota, a CBAt garantiu que estaria buscando resolver esse e os demais problemas.  

O sargento do exército brasileiro abriu uma vaquinha em suas redes com a finalidade de obter recursos para subsidiar sua ida aos Jogos Olímpicos de 2024. Segundo ele, o que recebe de auxílio não é o suficiente para arcar com os custos da competição.

Uma novidade apresentada nos jogos de Tóquio 2020 é a premiação em dinheiro por cada medalha ganhada. Em 2024, contudo, o prêmio aumentou cerca de 40%. De acordo com o presidente do COB, Paulo Wanderley, os valores são os seguintes: 

– Medalha de Ouro: R$ 350.000,00

– Medalha de Prata: R$ 210.000,00 

– Medalha de Bronze: R$ 140.000,00 

Na contramão daqueles que possuem exclusivamente ajuda de órgãos governamentais para se manter no torneio, estão os atletas patrocinados. Na maioria das vezes são competidores de modalidades populares, por possuírem maior visibilidade. 

Mais uma vez, Rayssa Leal serve como exemplo. A medalhista publicou recentemente um post no Instagram contendo diversas marcações, boa parte delas eram perfis oficiais de patrocinadores.     

 

A publicação demonstra a diferença entre os esportistas de cada modalidade. Mostrando que eles não usufruem dos mesmos recursos e capacidades financeiras para concorrer às medalhas olímpicas, apesar de serem cobrados com a mesma intensidade. 

Alguns competidores, como as ginastas Rebeca Andrade e Jade Barbosa, além de fazerem parte do programa do governo (Bolsa-Atleta), possuem vínculo com clubes da iniciativa privada. No caso dessas duas atletas, é o carioca Flamengo, que se tornou uma potência na preparação de desportistas olímpicos.

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