Petrobras deve apresentar forte resultado no 2T25 com alta na produção e dividendos robustos

A Petrobras [PETR3; PETR4] divulgará nesta quinta-feira, 7 de agosto, após o fechamento do mercado, os resultados financeiros do segundo trimestre de 2025. A expectativa do mercado é de um desempenho positivo, sustentado pelo crescimento da produção de petróleo, maior utilização das refinarias e forte geração de caixa, o que deve permitir mais uma rodada relevante de distribuição de dividendos.

Expectativa de dividendos elevados no 2T25

O Bank of America projeta um EBITDA ajustado de US$ 10,9 bilhões no segundo trimestre, valor 8% acima do consenso da Bloomberg. A instituição também espera um fluxo de caixa livre de US$ 5,3 bilhões, que, segundo sua estimativa, será suficiente para sustentar o pagamento de US$ 2,3 bilhões em dividendos, com yield de 3% no trimestre.

Na mesma linha, o Goldman Sachs estima a distribuição de US$ 2,2 bilhões em dividendos, com base exclusivamente na política de remuneração ao acionista da própria Petrobras. No entanto, a instituição é mais cautelosa e prevê EBITDA de US$ 9,9 bilhões, 3% abaixo do consenso de mercado, impactado pela queda nos preços do petróleo no trimestre.

Produção de petróleo cresce e supera expectativas

Os dados operacionais do trimestre, já divulgados pela companhia, apontam para um aumento de 5% na produção total de petróleo e LGN, em relação ao primeiro trimestre de 2025. O resultado ficou levemente acima das estimativas do Goldman Sachs e foi impulsionado principalmente pela entrada em operação do FPSO Alexandre de Gusmão e pela aceleração de outras plataformas.

A produção no pré-sal cresceu 7% e passou a representar 85% da produção total da companhia no período. Já a produção no pós-sal recuou 5%, impactada por paradas para manutenção e declínio natural dos campos maduros.

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Refino mantém desempenho sólido no trimestre

O segmento de refino da Petrobras também registrou desempenho positivo. O fator de utilização das refinarias ficou em 91%, com alta de 1 ponto percentual em relação ao trimestre anterior. A produção de derivados subiu 1%, acompanhando a maior demanda doméstica. As vendas internas de gasolina cresceram 2%, enquanto as de diesel caíram 2%, afetadas pela maior concorrência com importações, principalmente da Rússia.

O volume total vendido no mercado interno aumentou 1%, refletindo a consistência operacional do segmento de RTC (Refino, Transporte e Comercialização).

Impacto das importações e exportações no custo de produção

Durante o trimestre, a Petrobras aumentou suas importações de petróleo e derivados em 14,5% na comparação anual, somando 348 mil barris por dia. Em contrapartida, as exportações líquidas (exportações menos importações) caíram 3,8% em relação ao mesmo período de 2024, o que pode impactar o custo médio de produção. Quando a companhia importa mais do que exporta, parte dos produtos vendidos tem origem internacional, o que encarece a operação e pressiona margens no mercado doméstico.

Novos projetos devem impulsionar produção no segundo semestre

A Petrobras também atualizou o mercado sobre a plataforma P-78, que deixou Singapura em 13 de julho e está a caminho do Brasil. A companhia espera que a unidade entre em operação em outubro de 2025, com capacidade para produzir 180 mil barris por dia. O início das atividades da P-78 deve contribuir para que a produção da companhia continue avançando no segundo semestre e ao longo de 2026.

Petrobras reforça atratividade com dividendos e geração de caixa

Mesmo em um cenário de queda no preço do petróleo Brent, a Petrobras tem conseguido manter um bom nível de rentabilidade, com disciplina de capital e controle de custos. O alto dividend yield continua sendo um dos principais atrativos das ações PETR3 e PETR4 na Bolsa brasileira. Com base nas estimativas atuais, a companhia deve encerrar 2025 com retorno em dividendos próximo de 12,5%, o que reforça sua atratividade para investidores em busca de renda passiva.

 

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