Previsões para 2025: conflito na Rússia, governo Trump e criptoativos

Um novo ano se inicia e promete ser desafiador, por isso, o time de especialistas da Nomos preparou uma série de previsões para tornar mais fácil navegar por essas águas turbulentas de 2025. 

Governo Trump 

Sem nenhuma dúvida, os olhos do mundo inteiro estão voltados (mais do que nunca) para os Estados Unidos. Desde as eleições em 2024, o atual presidente dos EUA, Donald Trump, vem impactando a economia global, tornando necessário estar sempre atento ao seu próximo passo. 

A tendência é que Trump tenha políticas que reflitam uma abordagem polarizadora e de impacto profundo, especialmente na economia, imigração, clima e direitos sociais.

Economia 

O antigo novo presidente planeja prolongar o programa criado em seu primeiro mandato, Tax Cuts and Jobs Act (TCJA), garantindo cortes fiscais que podem estimular o crescimento econômico ao aumentar o consumo das famílias e investimentos corporativos. Contudo, há riscos, como aumento do déficit público, a ampliação da desigualdade e potenciais pressões inflacionárias. 

Trump também tem como plano implementar tarifas protecionistas para fortalecer indústrias nacionais, medida que pode atrair críticas devido ao impacto inflacionário e às possíveis retaliações comerciais.

Impostos 

O republicano propõe eliminar tributos sobre benefícios da Seguridade Social e rendimentos como gorjetas e horas extras, beneficiando trabalhadores de baixa renda e aposentados. Apesar de seu potencial para estimular o consumo interno, os especialistas alertam para os impactos negativos na arrecadação federal, agravando a já elevada dívida pública dos EUA. 

Política fiscal 

A abordagem fiscal de Trump combina cortes de impostos com medidas compensatórias, como cortes em gastos públicos e tarifas sobre importações. Entretanto, mais uma vez os especialistas alertam o risco dessa abordagem, que podem contribuir para o aprofundamento do défict público, além de aumentar a inflação e gerar instabilidade nos mercados globais. 

O conhecido protecionismo do presidente pode reduzir o “soft power” econômico dos EUA, abrindo espaço para que potências como a China assumam maior protagonismo. 

Imigração 

Marca de sua campanha e mandato, o tom rigoroso de Donald Trump para a questão de imigração nos EUA permanece em 2025. O presidente apresentou propostas como deportações em massa, reforço da segurança nas fronteiras e o fim da cidadania por nascimento. Essas medidas têm implicações econômicas e sociais profundas, incluindo impactos negativos em setores dependentes de mão de obra imigrante e o aumento da tensão em comunidades vulneráveis. A viabilidade dessas propostas também enfrentam desafios legais e resistência política. 

Clima e Meio Ambiente  

Trump prioriza a economia em detrimento de regulamentações ambientais. Propostas como o congelamento de regras climáticas e a saída de acordos internacionais, como o Acordo de Paris, refletem um retrocesso no compromisso ambiental dos EUA. Essa postura pode corroborar com um aumento de emissões de carbono e enfraquecer a liderança global americana em esforços de sustentabilidade, criando espaço para que outros países assumam o protagonismo em políticas climáticas.

Portanto, as políticas de Trump, embora ambiciosas, enfrentam desafios práticos e estruturais significativos. A eficácia de sua agenda dependerá de negociações no Congresso, da resposta de mercados internacionais e da capacidade de equilibrar crescimento econômico com sustentabilidade fiscal e social. O impacto dessa políticas será amplamente observado em um cenário global interdependente e ainda em recuperação pós-pandemia. 

Conflitos na Rússia 

Com o retorno de Donald Trump à presidência, espera-se que sua postura em relação ao conflito Rússia-Ucrânia seja caracterizada por um apelo a negociações diretas e cessar-fogo imediato. Trump criticou o uso de mísseis de longo alcance pela Ucrânia e propôs uma solução que favoreça um acordo de paz. 

Contudo, ele enfrenta a preocupação de que suas abordagens possam ceder às demandas de Vladimir Putin, presidente da Rússia, enfraquecendo a soberania ucraniana e prejudicando a coesão da OTAN. A busca por uma resolução rápida especialmente por parte da Europa e Kiev, é desafiada pela possibilidade de Trump ceder a pressões que podem comprometer a segurança europeia e a estabilidade da aliança atlântica. 

A Rússia, por sua vez, reagiu positivamente às declarações de Trump, indicando disposição para diálogo e até reuniões diretas, o que pode intensificar sua relação estratégica com os EUA. No entanto, a aproximação entre Trump e Putin pode gerar desconfiança internacional, minando a confiança dos aliados europeus na liderança americana. A possível retirada dos EUA da OTAN é uma questão crítica, pois pode desestabilizar a ordem de segurança europeia e aumentar as tensões geopolíticas. 

A complexidade das negociações de paz, com desconfiança mútua e interesses estratégicos, torna difícil a implementação de um acordo duradouro. As negociações de Trump, embora desejáveis para ele, terão um impacto significativo nas relações internacionais e na segurança global.

Conflitos em Israel

Em 2025, o conflito entre Israel e Palestina continua a escalar, com intensos confrontos na Cisjordânia e Gaza. A ampliação da presença militar israelense em áreas estratégicas e os ataques constantes aumentam as tensões, enquanto a situação humanitária nos territórios palestinos se deteriora, especialmente em Gaza, devido a restrições severas ao fornecimento de ajuda. 

A administração de Donald Trump, alinhada de forma incondicional com Israel, limita a pressão internacional para que o governo israelense busque uma solução diplomática, tornando cada vez mais difícil alcançar uma solução para a questão dos dois Estados.

A possibilidade de um conflito direto com o Irã também aumenta em 2025, com Israel intensificando operações contra as instalações nucleares iranianas. A administração Trump, embora crítica do Irã e mantendo sanções severas, ainda evita uma ação militar direta, conscientes dos riscos de uma guerra regional que poderia envolver vários atores, como o Hezbollah e outras potências globais. 

O apoio de Trump a Israel e sua postura agressiva em relação ao Irã tornam a situação no Oriente Médio mais volátil, sem soluções claras para as crises em andamento, e com a possibilidade de escalada militar a qualquer momento.

Mercado de Criptomoedas

O ano de 2025 será crucial para o mercado de criptomoedas, especialmente devido à sua ligação com o ciclo do halving do Bitcoin, realizado em 2024. Historicamente, os meses que seguem o halving têm sido marcados por fortes valorizações, culminando no que é conhecido como a “máxima do mercado cripto”. Espera-se que essa alta ocorra entre julho e setembro, com destaque para a valorização dos principais ativos digitais.

Entretanto, o ano de 2025 não será linear. Em janeiro, o mercado pode passar por correções, após o otimismo que marcou o final de 2024. Esse período de ajuste pode preparar o terreno para um crescimento sólido no primeiro semestre. No entanto, após o pico previsto no terceiro trimestre, o mercado pode entrar em um ciclo de quedas, especialmente em projetos supervalorizados ou com fundamentos fracos. A liquidez global e ajustes econômicos em mercados desenvolvidos podem intensificar essas correções. 

Além disso, o amadurecimento dos criptoativos deve gerar um ambiente regulatório mais dinâmico, com mais países criando regulamentações, o que pode adicionar volatilidade ao mercado. A adoção institucional deve continuar crescendo, e novas inovações tecnológicas, como inteligência artificial e o metaverso, devem impulsionar tokens específicos. 

As redes focadas em escalabilidade e sustentabilidade, como Solana e Avalanche, também devem ganhar mais destaque. 

Em resumo, 2025 será um ano de grandes oportunidades no primeiro semestre, seguidas de desafios no segundo, exigindo que investidores fiquem atentos às tendências e mudanças do mercado.

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