Por Luís Gustavo Novais
O CPI (inflação dos Estados Unidos) de outubro sai nesta quarta-feira (13), às 10h30 e os olhos dos mercados globais se viram para os dados.
Em setembro o CPI surpreendeu e trouxe um resultado maior do que o esperado, justamente quando o Federal Reserve (Fed) divulgou o corte de juros em 50 pontos-base.
Agora, algumas previsões de importantes casas para o índice de preços da economia americana já foram divulgadas.
Um “consenso” a partir da mediana das previsões de diversos bancos e casas de análises (JP Morgan, Itaú Unibanco, UBS e etc) chegou ao número de 0,2% para o CPI principal, com as expectativas dos analistas variando de 0,1% e 0,3%.
Para o ano, o CPI deve subir para 2,6%, acelerando em relação aos 2,4% de setembro, com previsões entre 2,3% e 2,6%.
Outro ponto para o consenso é o CPI Core (que desconsidera energia e alimentos), para esse espera-se um aumento de 0,3% no índice mensal e 3,3% no anual.
O Bank of America (BoFA) projeta um avanço de 0,1% no índice de preços ao consumidor do mês de outubro, impulsionado principalmente por um aumento nos preços de bens essenciais, embora em ritmo lento.
O principal motor desse aumento deverá ser o segmento de carros usados, mas o banco espera que essa pressão seja temporária, dado o recuo dos preços no atacado e o equilíbrio entre oferta e demanda no setor. O BofA observa que os bens essenciais não devem mais contribuir para a desinflação, enquanto tarifas representam um risco de pressão inflacionária.
Com a inflação entrando em uma fase de estabilização após um período significativo de desinflação, a expectativa de um corte de 25 pontos-base na taxa do Federal Reserve para dezembro permanece, embora existam incertezas quanto ao cenário de médio prazo.
Em linha com o consenso, o Goldman Sachs estima que o CPI principal dos Estados Unidos subirá 0,19% em outubro, enquanto o CPI Core deve registrar um aumento de 0,31% no mesmo período. Essa projeção está em linha com o consenso do mercado. O banco prevê que a alta do CPI Core seja impulsionada principalmente pelo aumento dos preços de serviços, excluindo aluguel. Por outro lado, a queda nos preços da energia deve conter o crescimento do CPI principal.