Produção brasileira cai, mas duráveis e bens de capital resistem

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A produção industrial brasileira recuou 0,3% em fevereiro, marcando o segundo mês consecutivo de queda. Na comparação com fevereiro de 2023, a produção cresceu 5%, sétimo resultado positivo seguido.

Apenas uma das quatro grandes categorias econômicas e 10 dos 25 ramos industriais pesquisados mostraram redução na produção.

Entre as atividades, as influências negativas mais relevantes vieram de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-6%), produtos químicos (-3,5%), ambas afetadas por efeitos de base de comparação, e indústrias extrativas (-0,9%).

Por outro lado, as atividades que mais se destacaram do lado positivo foram os veículos automotores, reboques e carrocerias (6,5%), celulose, papel e produtos de papel (5,8%) e produtos de minerais não metálicos (4,5%).

Entre as grandes categorias econômicas, somente os bens intermediários (-1,2%) negativaram. Do lado positivo os bens de consumo duráveis (3,6%) puxaram o resultado, seguidos pelos bens de capital (1,8%) e bens de consumo semi e não duráveis (0,4%).

Em relação ao mesmo mês do ano passado, as quatro grandes categorias e 20 das 25 atividades tiveram taxas positivas. Entre as atividades se destacaram os produtos alimentícios (8,3%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (7,5%) e as indústrias extrativas (5,3%).

Do lado negativo os produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-17,5%) foi a que teve maior influência, com o setor de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-8,3%) também registrando importante impacto.

Entre as grandes categorias, os bens de consumo duráveis cresceram 9,3%, marcando a expansão mais acentuada. Os bens de capital (5,3%), bens intermediários (5,1%) e bens de consumo semi e não duráveis (4,8%) vieram na sequência.

Assim como em janeiro, uma boa parte da queda de fevereiro pode ser justificada pelo peso elevado das atividades de variação mais expressiva no índice da produção industrial, de modo que não vemos como um resultado completamente ruim, ainda mais levando em conta a nova alta dos segmentos de bens duráveis e de capital, reforçando a possível retomada das atividades mais elásticas aos juros.

Por fim, em meio ao nível de atividade forte da economia brasileira no começo do ano e sinais de robustez no consumo, mantemos perspectivas otimistas para o setor industrial e esperamos crescimento da produção, principalmente entre bens duráveis e de capital à medida que os juros caírem.

[Fonte: Benndorf Research]

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