Próxima semana tem balanços e oportunidade em HASH11

Panorama de 26 janeiro a 01 de fevereiro

A última semana de janeiro será marcada por decisões cruciais na política monetária e divulgação de resultados corporativos que prometem movimentar os mercados financeiros no Brasil e nos Estados Unidos. Enquanto Wall Street intensifica a temporada de balanços com destaque para as Big Techs e empresas de petróleo, no Brasil, os investidores acompanham indicadores econômicos e a primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) sob o comando de Gabriel Galípolo.

Panorama do Ibovespa 

Filipe Borges, analista técnico da Benndorf Research, analisou Ibov e, apesar de uma semana mais travada, o gráfico ainda apresenta uma estrutura de topos e fundos descendentes, indicando um mercado predominantemente vendedor.

“Enquanto o mercado não romper os níveis de 124.500 a 125.000 pontos, as quedas provavelmente continuarão sendo melhores oportunidades do que as compras”, analisou Filipe. Ele também observou o afastamento das médias móveis, o que pode sinalizar uma possível reversão. “Isso geralmente indica que o mercado pode começar a reverter, mas ainda precisamos de uma confirmação para consolidar essa leitura”, acrescentou.O analista destacou pontos-chave para atenção: o rompimento da resistência em 124.500 a 125.000 pontos, que pode abrir espaço para compras, especialmente em operações de day trade, e a perda do suporte em 122.000, o que poderia levar a novas quedas e gerar oportunidades de venda.

Dicas de Trades

CSN [CSNA3]

Para Filipe Borges, a companhia, que vinha cotada a R$12,00, recuou para R$7,40 nas últimas semanas, mas apresenta sinais de possível recuperação.

“Trabalhando acima dos R$8,35, R$8,40, vejo espaço para a CSN se recuperar um pouquinho, até entre R$8,80 e R$9,30, ainda mantendo a tendência de baixa. Seriam retrações apenas no gráfico semanal, já que o diário também opera abaixo das médias”, explicou Filipe.

O analista destacou que, para investidores que já possuem posição no papel, o momento requer cautela, mas não necessariamente uma saída imediata. “Se eu tivesse posição, nesse momento, eu não sairia, devido à forte queda que o ativo teve. Deixaria um stop a R$7,39 e acompanharia as próximas semanas”, afirmou.

Borges também mencionou a possibilidade de uma recuperação mais robusta, caso um fluxo de compra mais expressivo entre no ativo. “Se isso acontecer, a ação pode começar a subir com mais força e engatar uma tendência de alta no curto prazo, voltando ao patamar de R$10,00”, concluiu.

Gerdau [GGBR4]

A Gerdau segue em um período prolongado de lateralização, com o ativo respeitando um suporte significativo desde 2023, na faixa de R$16,50. Atualmente cotada a R$17,50, a ação apresenta um patamar interessante para compras com base no suporte identificado, segundo Filipe. 

“O suporte em R$16,50 é importante e oferece uma oportunidade para operações curtas. Deixaria um stop abaixo de R$16,45 e buscaria o topo próximo a R$20,90”, explicou o analista.

Borges destacou que, no momento, não há um gatilho claro de compra no gráfico diário. No entanto, operações em gráficos de 60 minutos podem ser viáveis para quem busca retornos rápidos, com uma valorização de 5% a 7%. “O ideal seria manter o stop em um ponto seguro, como abaixo de R$16,45, garantindo maior proteção do capital”, acrescentou.

Hashdex [HASH11]

Filipe Borges ainda comentou sobre o desempenho de HASH11 e o mercado de cripto.

“Nas últimas semanas, o mercado cripto oscilou um pouco, mas o Bitcoin permanece muito forte, enquanto a Ethereum se manteve estável no patamar dos R$3.300”, comentou Filipe. Ele também destacou que a HASH11, cotada acima de R$100, apresenta uma nova oportunidade de compra. “Vejo alvo na faixa entre R$170 e R$200 para os próximos meses.”

O analista relembrou o histórico do ativo, que foi amplamente comentado quando estava entre R$33 e R$60. “HASH11 está subindo bem, mas ainda tem espaço para crescer. Esse ciclo de alta das criptos oferece a chance de realizar bons lucros”, concluiu.

Indicadores econômicos

Para Leandro Manzoni, economista do Investing, a quarta-feira será o principal ponto de atenção, com decisões de juros tanto pelo Federal Reserve (Fed) quanto pelo Banco Central do Brasil. “O Fed deve manter a taxa de juros no intervalo entre 4,25% e 4,5%, enquanto o Copom pode elevar a Selic para 13,25%, seguindo o aumento de 100 pontos-base adotado anteriormente”, afirmou. Manzoni também destaca o impacto das declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, que podem influenciar as projeções de cortes de juros do Fed ao longo do ano.

Ainda na quarta-feira, os mercados também estarão atentos aos resultados de Microsoft, Tesla e Meta Platforms. Nos dias seguintes, os balanços continuam com Apple, Amazon e Intel, além de Exxon e Chevron, que divulgam seus números na sexta-feira. No Brasil, a divulgação do Caged na quinta-feira e os dados do setor público na sexta-feira completam a agenda econômica nacional. “Essa semana será determinante para traçar os rumos da economia global e definir expectativas de crescimento”, concluiu Manzoni.