Próxima semana tem PMI’s e oportunidade em DEFI11

Panorama de 29 de dezembro a 03 de janeiro

A próxima semana começa com uma agenda econômica reduzida, já que diversos países terão expediente limitado na véspera ou no dia seguinte ao feriado de Ano Novo. Apesar disso, alguns dados relevantes estão previstos no calendário global, como os Índices Gerentes de Compras (PMIs) e a taxa de desemprego da Alemanha. O Japão abre os números no domingo (29) com o PMI industrial de dezembro, seguido pelo PMI de Chicago nos Estados Unidos e os PMIs Industrial, Não-Manufatura e Composto da China na segunda-feira (30).

Panorama do Ibovespa 

Em sua análise técnica, Filipe Borges, analista da Benndorf Research, apontou tendência de baixa no gráfico semanal, diário e até mesmo nos mais curtos, de 60 e 15 minutos. 

O analista avalia que a maior probabilidade agora é de um rompimento para baixo, tendo em vista que o mercado está em baixa em todos os tempos gráficos analisados.

“Então, para compras, apenas numa falha desse suporte nos 120.500 pontos ou na confirmação do rompimento ali dos 122.200 pontos, a gente pode então respirar para o mercado”, alertou Filipe. 

Enquanto esse rompimento não acontece, segue com tendência de baixa, com rumo ao suporte de 119.000. 

Dicas de Trades

Nvidia [NVDC34]

NVDC34 segue em tendência de alta desde outubro, consolidando-se no gráfico semanal. “O ativo está em forte movimentação e continua apresentando um desempenho muito positivo”, afirmou Borges. Com resistência entre R$ 18,56 e R$ 18,70, o rompimento desse patamar pode impulsionar o ativo rumo à região dos R$ 25,00, representando um potencial de valorização de aproximadamente 30%.

No curto prazo, Borges destaca que é fundamental a Nvidia manter-se acima do suporte de R$ 15,00 para preservar sua tendência ascendente. “Esse nível é crucial para que o ativo continue forte no movimento de alta”, explicou. O cenário otimista reforça a atratividade do papel como uma oportunidade de crescimento significativo no mercado.

Hashdex DeFi [DEFI11]

Borges encontrou em DEFI11 uma oportunidade de compra. O ativo transformou os R$ 40,50 de resistência em suporte, após se consolidar acima deste topo. 

Para ele, o alvo é na faixa dos R$ 100,00 a R$ 130, 00, podendo estar comprado pelas próximas semanas ou até mesmo meses, o que levaria até 100% de upside. 

Vale [VALE3]

A Vale segue em regiões de suporte estabelecidas entre R$ 53 e R$ 55 por unidade, níveis consolidados desde 2021, e apresenta potencial para operações na ponta compradora, segundo Filipe Borges. “O baixo volume negociado no último mês não reforça o rompimento de fundo, o que reduz a probabilidade de que isso ocorra no curto prazo”, afirmou o especialista, destacando a atratividade do ativo nesses patamares.

Borges também ressaltou a possibilidade de uma operação estruturada envolvendo a Vale, que permite limitar o risco a cerca de 6,5%, enquanto oferece retorno ilimitado para ganhos acima desse percentual. “É uma operação interessante, que combina um stop curto com a possibilidade de surfar ganhos ilimitados acima de 6,5%, o que torna o risco bem equilibrado em relação à perspectiva de retorno significativo nesse ativo”, explicou.

Indicadores econômicos

Leandro Manzoni, economista do Investing, ressalta que os PMIs são observados de perto por investidores como indicadores do desempenho econômico global. Ele destaca que, na quarta-feira (1º), a China divulgará o PMI Industrial Caixin, enquanto na quinta (2), será a vez de outros grandes mercados, como França, Alemanha, Reino Unido, Brasil, Estados Unidos e a Zona do Euro. “Os números podem oferecer pistas sobre a recuperação econômica global, especialmente após as recentes incertezas nos mercados internacionais”, analisa Manzoni.

No Brasil, os dados relacionados às contas públicas de novembro, que serão divulgados pelo Banco Central na segunda-feira (30), estarão no foco dos analistas. A expectativa é que as informações ajudem a traçar um panorama mais claro do cenário fiscal doméstico, em um momento de incertezas econômicas e atenção redobrada à gestão das contas públicas.